Empresários e lideranças sindicais se reuniram com o presidente Michel Temer, nesta terça-feira (12), em Brasília, para apresentar propostas para reduzir o desemprego no país, que atinge cerca de 13 milhões de brasileiros. Cinco centrais sindicais e representantes de vários setores produtivos – entre os quais a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representada por sua presidente, Solange Beatriz Palheiro Mendes – entregaram ao presidente da República um documento com propostas de medidas emergenciais visando à retomada da economia e à geração de empregos. Entre as ações estão mudanças na liberação de crédito pelo BNDES e o parcelamento de débitos fiscais, além da retomada das obras públicas inacabadas. Essas entidades reunidas representam mais de dois milhões de empresas e 30 milhões de trabalhadores.
O presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, discursou em nome do setor e ressaltou a confiança na retomada do crescimento. “O aumento da oferta de emprego será sangue na veia para o setor de saúde”, declarou.
Segundo a presidente da FenaSaúde, o setor de Saúde Suplementar depende diretamente do nível de emprego e da renda da população: “Mais de 80% dos contratos de planos de saúde são vínculos empresariais. Com a crise, em dois anos, mais de dois milhões de brasileiros perderam esse benefício, ou porque ficaram desempregados ou pela escassez de renda. Por isso, apoiamos essas medidas e estamos empenhados na retomada do crescimento. Essa é a hora do Brasil se unir”.
Solange Beatriz também reforçou a relevância do segmento na economia brasileira. “O setor de Saúde Suplementar é formado por cerca de 1.200 operadoras de planos de saúde, responsáveis por 1,4 bilhão de procedimentos. Em 2016, o setor arrecadou R$ R$ 165,6 bilhões e teve despesas totais de R$ 165,2 bilhões, sendo que R$ 137,2 bilhões foram relacionadas às despesas assistenciais. É um segmento que possui R$ 33,5 bilhões em provisões técnicas. Em junho de 2017, o número de pessoas empregadas na cadeia de Saúde Suplementar foi de aproximadamente 3,3 milhões, entre empregos diretos e indiretos, o que representa 7,9% do total da força de trabalho empregada no país”, enumerou.