A necessidade de um sistema de saúde mais eficiente fica cada vez mais essencial à medida que a população envelhece. A previsão é de que o número de brasileiros acima dos 65 anos triplique entre 2010 e 2050, segundo o IBGE. Esse fator, aliado ao crescimento das doenças crônicas enfrentadas pela população, representa um enorme desafio para o setor no Brasil.
Nesse cenário, softwares podem ser uma solução promissora, pois têm o potencial de melhorar o atendimento e ampliar o acesso ao sistema. Avanços no uso de algoritmos, dados, dispositivos conectados e softwares estão mudando a forma como profissionais de saúde diagnosticam, tratam e gerenciam a saúde dos pacientes. Além disso, possibilitam que os pacientes acompanhem mais ativamente sua própria saúde. Enquanto consultas convencionais costumam ter foco em um problema específico, novas tecnologias permitem que profissionais de saúde acessem dados em tempo real e façam recomendações em tempo real, antes que a saúde do paciente se deteriore.
É o caso de bombas de insulina e marca-passos que enviam dados a dispositivos pessoais do paciente e do médico, reduzindo a necessidade de checkups frequentes. Ou ainda, o recente desenvolvimento de um algoritmo de aprendizado capaz de prever um ataque cardíaco com quatro horas de antecedência. Fornecendo informações ao paciente, esse tipo de tecnologia salva vidas, pois ajuda as pessoas a mudarem seus hábitos, tornando-se mais saudáveis.
Para que avanços como esses possam render frutos, profissionais de saúde devem desempenhar um papel ativo, ajudando a liderar a nova onda de avanços digitais em saúde. O treinamento em TI e a “alfabetização em dados” devem ser aptidões fundamentais para eles. O profissional do futuro deve ter habilidade tanto em medicina, como em software. Eles também devem encorajar pacientes a gerenciar a própria saúde fora do consultório, além de apoiar e passar todas as informações necessárias para que aqueles mais inseguros em relação às novidades também adotem a tecnologia.