Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, presenciou mais uma derrota em sua investida de revogar a reforma do sistema de saúde de Barack Obama, Affordable Care Act (ACA) ou chamado comumente como “Obamacare”. Mais dois senadores republicanos manifestaram oposição ao texto apresentado pelo seu próprio partido para substituir “Obamacare”.
Patient Protection and Affordable Care Act (PPACA ou Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente) é uma lei federal dos Estados Unidos sancionada pelo ex-presidente Barack Obama em 23 de março de 2010. Considerado umas das grandes bandeiras de campanha de Obama, o projeto tem a finalidade de ampliar o acesso à cobertura de saúde aos americanos, uma vez que o país não conta com um sistema público de saúde - somente planos privados.
A lei visa flexibilizar o acesso aos planos privados de saúde, impossibilitando que as organizações rejeitem pacientes com histórico de doenças ou que não atendam aos pré-requisitos. Trump em sua campanha eleitoral prometeu, que após ser eleito iria revogar o Obamacare.
Dessa maneira, Donald Trump tem o apoio de apenas 52, de um total de 100 senadores, ou seja, com esse número, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, não pode levar o texto de substituição do Obamacare para aprovação. Para McConnell, o entendimento, é de que o Senado vote uma revogação completa do Obamacare, para que dentro de um prazo de 2 anos a reforma sanitária seja anulada e, nesse intervalo possa ser criado uma nova maneira para substituí-la.
Com isso o senado poderia votar em um texto mais simples, apenas para revogar o Obamacare, sem a necessidade de discutir as minúcias do novo sistema. Entretanto, nas redes sociais, Trump reagiu ao anúncio dos senadores, Mike Lee e Jerry Moran, que passaram para a oposição ao projeto.
A principal objeção do Partido Republicano tem sido agradar aos dois lados da legenda: uma que considera que a proposta não avança o suficiente para acabar com o Obamacare, e outra que ela tem potencial para ir longe demais.
Essa é a segunda tentativa do presidente de revogar a reforma de saúde. A primeira foi em 22 de junho de 2017, quando a oposição dentro do Partido Republicano obrigou que o texto fosse retirado de análise.