Realizar um atendimento com base na humanização e cumprir com rigor os processos de qualidade são as principais premissas que vêm norteando as diretrizes do Real Hospital Português, em Pernambuco. A instituição recebeu, em novembro de 2016, o selo de acreditação da Joint Commission International (JCI), marcando uma nova etapa no processo de qualidade na assistência ao paciente.
“O reflexo disso é a continuidade do cuidado, um olhar diferenciado e mais detalhado para esse paciente”, aponta Georgia Sabino Pinho, Gestora da Qualidade do hospital. Um dos pontos mais impactantes da metodologia para a melhoria da qualidade e do aprimoramento na segurança do paciente diz respeito à comunicação entre as áreas, já que “reforça a segurança dos processos de todas as cadeias e o resultado é a diminuição do erro e mais foco da melhoria contínua através da educação permanente”, completa.
A Gestora da Qualidade conta que a preparação para a acreditação envolveu um diagnóstico do perfil de cada área e processo, e, dentro deste contexto, a Qualidade, junto com a Alta Gestão, estabeleceu estratégias específicas envolvendo os gestores assistenciais – médicos, de enfermagem e equipe multidisciplinar – e operacionais. “Criamos um mapa de atuação individualizado, onde as necessidades e peculiaridades foram integradas aos macroprocessos”, ressalta Georgia.
Para tanto, foram estabelecidas diretrizes para solução de não conformidades e integração dos gestores dos processos de acreditação em um “formato cooperativo, progressivo, maciço e motivador, dentro de um ambiente propício e impulsionador, criado pela Gestão de Operações”.
Com o apoio da Educação Permanente, do desenvolvimento de ações educativas promovidas pela comunicação interna institucional, da consultoria externa e de materiais desenvolvidos pela própria Gestão da Qualidade, foi elaborado e implementado um sistema de gestão de indicadores para atender as necessidades relacionadas ao monitoramento de dados. Dessa forma, os dados agora são coletados e inseridos no sistema e depois analisados pelo gestor do indicador. A partir da análise dessas informações é que são propostas ações de melhoria. “A maioria dos processos institucionais estava em andamento ou já implementado. Adequamos o que estava em vigor ao que estava estabelecido no Manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais, sendo desnecessário criar mais processos para atender aos padrões de acreditação”, afirma a gestora.
Após esse diagnóstico institucional, foi possível desenvolver as diretrizes de monitoramento. “Por ser uma instituição de 161 anos, optamos por estabelecer metas robustas no primeiro ano. A partir do segundo ano, fizemos uma análise do comportamento dos indicadores e, através de benchmark com instituições acreditadas estabelecemos métricas compatíveis e desafiadoras para os nossos processos”, indica a gestora, acrescentando que, anualmente, é feita uma revisão das metas estabelecidas e análise da possibilidade de mudanças. “Desde que tenham foco na segurança do paciente e na sustentabilidade do negócio”, completa.
“O projeto de acreditação é um investimento alto e requer responsabilidade e estratégias na condução, a partir deste contexto, foi possível enxergar oportunidades relacionadas à racionalização de alguns métodos”, explica a Gestora da Qualidade. Um dos objetivos alcançados foram os resultados positivos no processo de descarte de resíduos. “Pelo porte da instituição, tínhamos um desafio enorme, mas, através do empenho das áreas afins, conseguimos implementar uma cadeia sustentável e responsável”, celebra Georgia.
Para os próximos meses, a direção do Real Hospital Português quer ultrapassar as metas estabelecidas internacionalmente. “Nossa prioridade sempre foi e continua sendo nosso paciente, sua família e nossos colaboradores. Os próximos passos estão focados na melhoria contínua dos processos estabelecidos e na responsabilidade em manter e superar a qualidade dentro dos padrões chancelados pela JCI. Somos o maior hospital do Norte-Nordeste, e o selo de acreditação chancelou o que fazíamos”, comemora a gestora.