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Queda no número de planos de saúde faz médicos se readaptarem ao mercado

Apesar do recente aumento de 144 mil beneficiários de planos de saúde em fevereiro, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde), o setor médico ainda procura formas de se adaptar às mudanças do mercado por conta da atual crise que assola o país.

O número, que não crescia há dois anos, vem diminuindo a procura por médicos particulares em todo o país. Isso reflete de forma direta na economia: os médicos estão atendendo menos (muitos não conseguem pagar a consulta particular) e por isso, precisam procurar meios de reduzir custos. Nas capitais brasileiras, o número de salas comerciais vazias vem aumentando consideravelmente. Muitos empreendimentos lançados nos últimos anos ou não venderam todos os espaços ou os locatários não conseguiram alugar.  Mesmo com a tentativa de negociar os valores, as altas cifras têm feito os inquilinos repensarem suas estratégias. Com os médicos, isso não é diferente.

Para manter um consultório, o profissional da saúde precisa se preocupar não só em atender bem o paciente, mas com alguns detalhes que não são particulares ao setor médico: administrar as papeladas do aluguel do local (e todas as devidas burocracias), prestar atenção no vencimento de diversas contas (luz, internet, telefone, manutenção e salários e encargos da equipe), treinar colaboradores e prestadores de serviços especiais. Tudo isso gera custos que precisam ser cortados dado o momento atual. Além disso, a maioria dos médicos particulares não atende a semana inteira em um consultório só. Deixar uma sala – que gera todos esses custos – ociosa não é algo produtivo, ainda mais no atual cenário brasileiro.

Por isso, a opção de aluguel por blocos de horários tem sido vista como uma opção econômica pelos médicos. A medida também possibilita que o médico atenda em áreas diferentes da cidade, atendendo a diferentes públicos, sem deixar um escritório ocioso nos outros dias da semana. Segundo Thereza Souto Maior, diretora do Espaço Médico Ipanema, que oferece este tipo de aluguel, este formato reduz em até 60% os gastos do profissional de saúde: “Há espaços que oferecem uma estrutura ainda melhor do que um consultório próprio oferecia, o que é mais atrativo para quem quer aumentar a eficiência do seu trabalho e reduzir gastos”, explica a empresária.

A nutricionista Ariane Bomgosto e a endócrino-pediatra Fernanda André escolheram este formato do Espaço Médico Ipanema, não só pelo conforto, mas pela possibilidade de atender seus pacientes em um bairro nobre com uma redução de custos elevada.