Os representantes das entidades que fazem parte do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde irão ampliar o debate sobre a ética com toda a sociedade. O objetivo é dar mais transparência aos que atuam sem práticas de suborno e corrupção. A segunda reunião do Conselho Consultivo foi em 18 de janeiro, na Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios – ABIMO, que fica no prédio da Fiesp, em São Paulo.
O presidente do Ética Saúde, Gláucio Pegurin Libório, apresentou um balanço das ações realizadas em 2016 e as propostas para 2017. "Ao longo do ano teremos três grandes desafios: o da credibilidade, onde consolidaremos ainda mais o Instituto para sustentar a expectativa criada; da reputação, com a difusão continua da causa e força institucional; e da sustentabilidade, onde precisaremos debater fontes de receita para manter o projeto", relatou Libório, após a abertura dos trabalhos pelo coordenador do Conselho Consultivo e representante da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde - ABIIS, Carlos Eduardo Gouveia.
Para vencer os obstáculos, o Ética Saúde pretende instituir dois grupos de trabalho de Monitoramento de Compliance e de Educação e Sensibilização, criar diretrizes de implementação de sistemas de integridade, realizar estudos de impacto social e econômico da corrupção no setor de saúde, manter e ampliar as relações governamentais e institucionais, entre outras iniciativas.
Entidades médicas
Pela primeira vez, os representantes da Associação Médica Brasileira - AMB e Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular - SBCCV participaram do encontro. Eles se juntaram a outras duas entidades médicas que já fazem parte do Conselho Consultivo desde o início: Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – SBHCI e Associação Brasileira de Auditores em Saúde – AUDIF. Houve o compromisso de uma aproximação com o Conselho Federal de Medicina - CFM para que denúncias, que chegarem ao Ética Saúde e tiverem médicos envolvidos, possam ser encaminhadas diretamente ao órgão. O presidente da SBCCV, Fábio Jatene, anunciou que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular acaba de concluir regras de compliance para e entidade. "Seremos a primeira sociedade de especialidade no Brasil a instituir o compliance", informou.
"Precisamos criar a cultura da denúncia contra as irregularidades. Muitos ainda fazem errado e a impunidade os fortalece. Nós precisamos fortalecer os que trilham pela ética e nos juntarmos para vencer os que ainda atuam com suborno e corrupção", completou o presidente do Ética Saúde.