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Solução de gestão hospitalar: os cuidados na gestão do ciclo de vida dos contratos

Tão importante quanto a escolha do sistema de gestão hospitalar mais adequado, está a gestão do ciclo de vida dos contratos (GCVC, ou contract lifecycle management, ou CLM). Isso porque há particularidades nos contratos de TI em Saúde, quando comparados a outros fornecedores, como explica Enio Salu, ‎consultor em gestão empresarial, gestão de contratos e tecnologia da informação.

Ele destaca três diferenciais: o fato de a gestão dos hospitais ser matricial e a lógica dos processos produtivos (assistenciais) diferentes dos de retaguarda administrativa e financeira; a falta de profissionais nas empresas fornecedoras que conheçam profundamente as rotinas hospitalares; e a qualidade da informação na origem, com a gestão do ciclo de vida dos contratos  sendo deficitária mesmo em grandes hospitais.

“Para que esse processo seja efetivo, a avaliação do fornecedor deve ser feita de forma multidisciplinar: há o lado tecnológico, que geralmente é realizado pela TI, mas existe a questão da satisfação do cliente final, que deve ser feita pelas áreas de negócios da empresa”, explica Salu. De acordo com ele, são avaliações bem diferentes e a ‘questão TI’ acaba ficando secundária. “Sem o envolvimento das pessoas que conhecem, a fundo, o hospital - na contratação e gestão de contratos - não há garantia de sucesso”, completa.

Ele recomenda dois cuidados por parte do contratante, que podem evitar problemas futuros: a análise da minuta do contrato, se existe chance de ajuste no que o fornecedor chama de contrato padrão, e o grau de flexibilidade contratual. “Do lado do fornecedor, é preciso entender que a relação comercial, hoje, exige contratos com parâmetros mais flexíveis – não adianta ter um produto flexível se o instrumento contratual não é. Parceria não pode ser apenas palavra de vendedor: deve estar explícita no documento”, ressalta.

Apesar de não ser possível prever os problemas de não ter cuidado na criação e gestão do ciclo de vida dos contratos , é possível prever a perda de controle de eventos rotineiros. Para isso, Salu recomenda a inserção de cláusulas comuns nos modelos GCVC, como em quais condições os reajustes podem ser reclamados e os limites de aplicação no caso de repactuação e reequilíbrio.