A Forbes publicou nesta sexta (04/12) uma matéria que vai na contramão de tudo que temos visto no setor de saúde quanto à adoção de dispositivos médicos. A matéria expõe que os investidores estão evitando a aquisição de dispositivos médicos nos EUA e apresenta três por quês para isso. Leia:
1. O capital de risco para fabricantes de dispositivos vêm secando por um tempo. O investidor de capital de risco há muito tempo, Jonathan Fleming afirmou que essa indústria foi por 5 anos um mundo de dor.
2. A desaceleração é, em parte, culpa do FDA (Food and Drug Administration, da sigla em inglês). Sabin Russell, escritora da Forbes, escreveu sobre a experiência da NeuroPace, uma empresa que produz um implante para prevenção de epilepsia:
" Com dados clínicos em mãos, a empresa se submeteu à aprovação da FDA no começo de 2010, mas levou quase quatro anos para a agência conceder. "Eles não respondiam, eram arbitrários, e não cumpriam os próprios prazos. Era quase uma relação entre rivais" afirmou Fischer, que acompanhou produtos de quatro diferentes empresas de implantação de dispositivos através da revisão de processos nas três décadas pela Premarket Approval (PMA) da FDA. "Na minha opinião, demorou mais tempo do que deveria", concluiu Fischer.
3. O FDA está melhorando sua performance, mas os recentes casos de falhas ainda pairam e fomentam críticas à indústria de dispositivos:
A oposição foi enterrada em preocupações por uma inundação de mais de 4.000 recalls de dispositivos médicos desde 2007 e por uma série de falhas de dispositivos médicos de alto padrão, como articulações do quadril artificiais que expeliram fragmentos de metal no tecido circundante; bombas de infusão que pararam de funcionar ou dispensaram dosagens erradas; e desfibriladores de coração implantados com defeito.
Os por quês apresentados levantam a atenção para cautela dos investidores na hora da escolha e adoção dos dispositivos médicos, porém, não devem servir como motivo para afugentar investimentos no setor que garante um avanço tecnológico para a saúde.
*Com informações da Forbes em 04/12/2015.
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“Investimentos em dispositivos médicos ainda é pequeno”