O V Estudo Saúde Ativa – Gerações realizado pela SulAmérica avaliou os índices e ocorrências de diabetes, colesterol, hipertensão e dados referentes à massa corpórea (IMC) nas gerações Baby Boomer, X, Y e Z. É importante observar que em todas essas variáveis há diferença entre a informação relatada e a encontrada nas aferições.
O levantamento analisou 43.641 questionários respondidos por uma população distribuída em 262 empresas clientes do grupo, em 13 capitais do país, de 2010 a 2013. A amostra é composta de 40% de mulheres e 60% de homens. O questionário aplicado é parte integrante do Programa de Gerenciamento de Fatores de Risco (GFR) da companhia. Essa é a quarta das cinco publicações que serão feitas no portal Saúde Business sobre o estudo.
Leia as publicações sobre esse estudo: Geração Z mostra desinteresse pela administração pública [Estudo]
O estresse nas diferentes gerações [Estudo]
Hábitos e comportamentos nas diferentes gerações [Estudo]
O estudo permite ainda promover análise comparativa entre os perfis populacionais de acordo com as diferentes gerações. As gerações analisadas foram classificadas da seguinte forma:
Diabetes e Glicemia acima do normal
O estudo constatou que em todas as gerações há uma sensível diferença entre o diabetes mellitus relatado e o encontrado em testes realizados. Entre os Baby Boomers, 8,2% declararam ter diabetes, porém 12,9% já apresentavam índices de glicemia acima do tolerado. Na Geração X essa diferença é ainda maior, já que apenas 2% tinham conhecimento da diabetes, quando na verdade 6,3% apresentaram sintomas da doença. Pouquíssimas pessoas das Gerações Y e Z sabiam já ter diabetes com percentuais, respectivamente, de 0,5% relatados versus 3,3% encontrados, e 0,3% de diabetes relatada versus 2% encontrada.
Nas medições de glicemia, 50% da Geração de Baby Boomers possuem o índice acima do limite, porém 38% destes
afirmaram não ter glicemia alterada. A diferença no percentual de pessoas que desconhecem ter glicemia elevada
diminui nas demais gerações.
Esse dado pode ser um indício de que, independente da geração, as pessoas não estão realizando exames de rotina,
já que desconhecem o aparecimento de uma doença que pode atingir alto nível de cronicidade em pouco tempo.
Colesterol
O colesterol é um tipo de gordura que circula na corrente sanguínea e que, se encontrado em excesso, aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares, como derrame e infarto. O Estudo Saúde Ativa aponta que o índice de pessoas com colesterol considerado alto é muito próximo entre as Gerações Baby Boomers e X, sendo que 15,9% da primeira geração têm colesterol alto contra 13% da segunda.
Na Geração Y, 8% encontram-se nesse estado e, na Z, esse percentual é de 4,7%. Vale ressaltar que outros fatores de risco como obesidade, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados elevam o nível do colesterol no organismo.
Hipertensão
Em relação às doenças mencionadas pelos participantes do Programa Saúde Ativa, a hipertensão liderou os relatos. A Baby Boomers é a Geração mais afetada pela pressão elevada (30,1%), seguida pelas X, Y e Z, com 11,8%, 3,3% e 0,9%, respectivamente. Nota-se também uma significativa elevação da taxa de hipertensos entre as Gerações X e Baby Boomers, em fato esperado devido ao avanço da idade, porém que chama a atenção. Também nessa avaliação é grande o percentual de pessoas que desconhecem ter pressão alta. Dos Baby Boomers, 12% dos que apresentaram
medição elevada declararam não possuir pressão alta.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, ano a ano, cerca de 7 milhões de pessoas morrem por consequência da pressão arterial elevada.
IMC
O cálculo do índice de massa corpórea (IMC) da base pesquisada pelo estudo Saúde Ativa revelou que quase metade da Geração Baby Boomers apresenta sobrepeso (46,8%). O percentual de pessoas acima do peso diminui nas outras gerações, sendo que 44,4% da Geração X apresentam sobrepeso, seguidos de 37,2% da Geração Y e 24,7% da Geração Z.
De acordo com o Vigitel, IMC acima do normal e a obesidade têm crescido no Brasil. Levantamento do órgão realizado em 2011 pelo Ministério da Saúde mostra que a proporção de pessoas com IMC acima do normal no país avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.