O mês de outubro se tornou referência quando o assunto é prevenção de câncer de mama com a campanha mundialmente conhecida como Outubro Rosa. É o momento em que todos os olhos estão voltados para a conscientização e para a importância do diagnóstico precoce. No entanto, esse é um tema que deveria estar mais difundido e presente na vida das pessoas, pois a cura muitas vezes depende totalmente da rapidez em que o paciente é diagnosticado. Hoje, temos muitos recursos tecnológicos que ajudam no reconhecimento incipiente da doença e temos que usá-los ao nosso favor.
A incidência dos casos de câncer, no Brasil, vem aumentando. Enquanto em 2010 a estimativa era de 489 mil novos casos de câncer, nesse ano, a expectativa é que o país chegue com 576 mil novas ocorrências até o final de 2015, segundo dados da pesquisa anual do INCA - o Instituto Nacional do Câncer. O câncer de mama, tema central do Outubro Rosa, é um dos que têm maior número de episódios, com a probabilidade de 57 mil novos casos. Este perde apenas para o de pele (do tipo não melanoma) com aproximadamente 180 mil casos e o de próstata com 69 mil. Os cânceres de cólon e de reto vêm logo na sequência com 33 mil diagnósticos previstos até final de 2015.
Por outro lado, o diagnóstico precoce da doença também tem se mostrado bastante eficiente. Em todo o mundo, são diagnosticados mais de 12 milhões de pessoas anualmente, sendo que 8 milhões não resistem à doença. Por isso, é importante ressaltar a importância dos exames preventivos. Ressonância e mamografia, por exemplo, podem contribuir para diminuir em até 25% os casos de morte em se tratando de câncer de mama, que é um dos responsáveis pelo maior número de mortes de mulheres no mundo. As mulheres acima dos 50 anos que realizam mamografias a cada dois anos podem ser ainda mais beneficiadas com o diagnóstico precoce. Um estudo feito pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) mostra que o exame reduz em 40% o risco de morte devido ao câncer de mama.
A mamografia é um dos recursos essenciais para ajudar as mulheres no diagnóstico da doença ainda em estágio inicial. Mas, para isso, é preciso ter tecnologias de ponta que possam garantir uma melhor qualidade das imagens, além de ferramentas que ajudem na análise, e, assim, entregar laudos médicos mais precisos e rápidos. Uma estrutura hospitalar robusta, ágil e moderna pode auxiliar os pacientes a se tratarem da melhor forma, para que tenham sua qualidade de vida elevada. Nos últimos 40 anos, a expectativa de vida das pessoas com câncer de mama aumentou em países desenvolvidos para 85%, enquanto que, nos países em desenvolvimento, fica entre 50% e 60%, o que mostra como a tecnologia pode agir positivamente no tratamento de doenças oncológicas.
As tecnologias, que possibilitam a entrega de exames em formatos digitais, auxiliam médicos e pacientes, pois garantem que os resultados sejam entregues em qualquer área, setor do hospital ou clínica com muito mais agilidade. As instituições de saúde mais modernas do mundo, inclusive do Brasil, trabalham com sistemas de informação que otimizam o processo de gestão de imagens médicas. Hospitais e clínicas de imagem que investem nesse setor conseguem melhorar o prazo de entrega. Isso impacta diretamente na vida da população, possibilitando ao paciente iniciar os cuidados médicos indicados nos primeiros estágios da doença, além de contribuir para um tratamento mais efetivo e, muitas vezes, de menor duração, resultando também em economia de recursos para as instituições médicas.
Os exames também já foram considerados como uma das melhores práticas para a prevenção, detecção precoce e a cura do câncer de acordo com a Declaração Mundial contra o câncer, da Union for International Cancer Control (UICC), organização focada no combate ao câncer. Segundo a entidade, com exames preventivos, será possível prevenir parte dos 26 milhões de novos casos e a estatística de 17 milhões de mortes por ano até 2030 por causa de doenças oncológicas em geral.
Neste caso, tempo é vida! E a prevenção e um diagnóstico precoce são as chaves para diminuir as estatísticas. Esse processo se torna muito menos oneroso tanto para o paciente - econômico, físico e emocionalmente - quanto para os centros especializados.
*Roberto Ribeiro da Cruz - CEO da Pixeon