O padrão TISS 3.02 (Troca de Informação em Saúde Suplementar) entrou em vigor em setembro do ano passado e tem como principal objetivo promover a compatibilização dos diversos sistemas de saúde atualmente em operação, o que além de trazer melhorias ao processo de coleta de informações entre os agentes da saúde suplementar, também colabora para a compor um registro eletrônico nacional e unificado de saúde.
Tendo como diretriz a interoperabilidade entre os sistemas de informação em saúde indicados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar e pelo Ministério da Saúde, o padrão TISS tem como premissa a redução de erros e discordância de informações também para os beneficiários de planos privados. Toda essa simetria que o padrão propõe tem como vantagens justamente a diminuição de erros e fraudes que possam prejudicar não só o beneficiário como o prestador de serviço.
O novo padrão de gestão hospitalar, no entanto, traz mais do que rapidez no intercâmbio de dados. Ao propor novas dinâmicas para a troca, redesenha o modelo de assistência à saúde e propõe a diminuição significativa do uso de papel. Esse excesso de papel, prática comum do setor de saúde, vira passado com o TISS. A informática e automatização tornaram o sistema de saúde como um todo menos burocrata, mais ágil e transparente.
Mesmo tendo sido criado para as trocas eletrônicas de dados de atenção à saúde dos beneficiários, o TISS também pode mitigar erros em ações administrativas, de avaliação e acompanhamento econômico, financeiro e assistencial das operadoras. A última versão também passa a incluir todo o processo de cobrança, demonstrativos de pagamentos e o que se refere a glosas. Aliás, uma de suas metas é acabar com o atraso nos pagamentos e diminuir as glosas. Segundo a ANS, isso vai permitir o acompanhamento de perto do relacionamento entre prestadores e operadoras. E, consequemente, diminuir as fraudes.