Ainda engatinhando no mercado, uma empresa startup nasce, em geral, sem um modelo estruturado de negócios, sem ativos, sem histórico de preço, sem regressão beta, taxa de crescimento ou fluxo de caixa. Ou seja, surge obviamente sem os fundamentos tradicionais de uma Valuation (termo em inglês para "Avaliação de Empresas” ou “Valoração de Empresas").
Neste caso, o guru das finanças corporativas, Aswath Damoradan, aconselha olhar para fora. Ou seja, analisar o mercado em que se pretende atuar. No caso do twitter, por exemplo, caso fosse uma startup, analisar as características do mercado de mídia online seria o caminho indicado, afinal, o que impulsiona essa valuation são as margens do mercado de mídia/publicidade. Medir o tamanho em termos de publicidade, fazer comparativos entre os players já atuantes, observar o desempenho das taxas de crescimento do segmento, etc. “Tem que usar informações que fazem sentido e, assim, estimar o possível crescimento nos próximos dez anos.”
No caso das startups, o jogo entre valor e preço não existe, afinal, a companhia ainda não tem nenhum passado, sendo a narrativa que descreve seu propósito o único aspecto a ser considerado para a valuation.
Damoradan dá quatro dicas que considera importantes para um empreendedor: ser honesto a respeito das suas visões; ser simples – “menos é mais” -; não se esconder atrás da incerteza; e confiar em fazer o melhor com aquilo que tem.
LEIA MAIS:
Preço é determinado pelo humor
CEO: qual jogo você quer jogar, o do valor ou do preço?
*Em breve mais lições de Damodaran. O portal Saúde Business esteve no Seminário Damodaran on Valuation & Corporate Finance, promovido pelo HSM Educação Executiva entre os dias 1 e 2 de julho, em São Paulo.