No atendimento à saúde, fontes diferentes de dados geram uma grande variedade de informações. Esses dados precisam ser organizados de modo a produzir um contexto de apoio para tomada de decisão sobre tratamentos e de orientação de todo o processo de atendimento à saúde de uma população. O termo PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) vem originalmente do latim promptuarium e quer dizer “lugar onde se guardam ou depositam as coisas de que se pode necessitar a qualquer instante”.
Partindo desse princípio, a ferramenta PEP é padronizada e digital e contribui substancialmente para o processo de atenção à saúde. Com ela é possível reunir e gerenciar todas as informações clínicas e assistenciais de todos os atendimentos, simplificando o armazenamento de dados e facilitando a rotina de trabalho de médicos, enfermeiros e outros profissionais da área. Outros benefícios do PEP estão ligados à pesquisa clínica, adesão aos protocolos clínicos e assistenciais, além de usos secundários da informação para fins epidemiológicos e estatísticos.
Implementado no Brasil em 2002, o PEP tem como principais vantagens a otimização de recursos (como o hospital sem papel, por exemplo) e o rápido acesso aos problemas de saúde do paciente, tanto antigos como recentes. O acesso ao conhecimento científico atualizado permite não somente o aprimoramento do processo de tomada de decisão, como também colabora para uma melhor legibilidade e segurança dos dados, via certificado digital. Coletada via PEP, a informação do paciente pode ser compartilhada entre clínicas, laboratórios, hospitais, agências de seguro saúde e outras instituições médicas. Além de integração, seu principal objetivo é melhorar o atendimento do profissional de saúde, dando maior produtividade e provendo um rol de informações sobre o paciente (com imagens e resultados de exames), o que diminui a incidência de erros na tomada da decisão.
Para o profissional de saúde, o PEP, na essência de seu conceito eletrônico, significa mais que uma ferramenta de rotina de trabalho. Ele pode, por exemplo, anexar protocolos clínicos e propor novas condutas ao setor. Se bem implementado, ele permite a disponibilidade da informação para acesso, com controles de segurança, privacidade e a confidencialidade do paciente. Isso é fundamental para evoluir o sistema de saúde nacional, para ele ser mais sustentável. O PEP é o primeiro passo para o Registro Eletrônico de Saúde (RES). No âmbito do município, do estado, de um grupo de hospitais ou de uma operadora de plano de saúde; o RES é uma reunião de vários prontuários eletrônicos, tendo um repositório central de informações sobre o paciente.