A Hapvida acaba de adquirir o Hospital Luiz França, entidade especializada em pediatria localizada em Fortaleza (CE). Com a compra, a operadora amplia a oferta de leitos pediátricos para 60 em todo o estado e continua sua estratégia de verticalização essência da empresa nordestina. A operadora não abre o valor da aquisição individual, mas afirma que a compra está no montante de R$ 180 milhões investidos em rede própria desde 2014.
De acordo com o presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro, o valor está sendo empregado não apenas na compra de unidades, mas também nas parcelas de hospitais em Manaus (AM) e Belém (PA), e em novos equipamentos para essas entidades, que serão inauguradas ainda neste primeiro semestre. Esse pacote inclui imóveis, unidades hospitalares, investimento em tecnologia médica, detalha.
Com o avanço na rede hospitalar, a operadora que hoje tem 3 milhões de beneficiários chega a 207 unidades de atendimento, o que incluí 70 clínicas de especialidade, as chamadas Hapclínicas, 13 prontos-atendimentos, 55 centros de diagnóstico por imagem, 40 laboratórios e 21 hospitais.
Para se ter uma ideia, a rede de hospitais da Hapvida só perde para a carioca Rede D´Or, que tem 27; e para o Grupo Amil com 31 que hoje pertence a gigante global United Health. Nascemos na área hospitalar com Cândido [ Pinheiro de Lima], meu pai. Depois veio o plano de saúde em 1993. Há mais de dez anos privilegiamos investimentos em rede própria e é assim que nós nos vendemos, afirma Pinheiro.
A verticalização da rede é considerada estratégica para a marca presente em todo o Norte e Nordeste. "Com ela é possível garantir a qualidade do usuário, ter sistema único e integrado na rede inteira e assim monitorar o atendimento, explica o executivo. Como toda rede própria, há o benefício da redução de custo. Naturalmente, e isso nos ajuda a ter uma gestão de custos eficiente, ganho de escala e uma série de facilidades, e isso é repassado ao usuário com uma agressiva tabela de vendas, complementa Pinheiro, que garante que o reajuste da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não é repassado em sua totalidade para o consumidor final.
Tipo exportação
A empresa tem software próprio, o que segundo Pinheiro é ótimo, pois permite fazer todas as adaptações necessárias e também ajuda na redução de custos. A ideia de ter um sistema próprio foi além da gestão da operadora e hoje se dá por meio de uma parceria com a Aptec, a empresa presta serviços em autogestões como da Companhia de Engenharia de Tráfego e da Aeronáutica do Brasil.