A ANVISA aprovou, em dezembro de 2013, a RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 54/2013, que instituiu o sistema de rastreabilidade e codificação de medicamentos no Brasil, determinando que a implementação pelos operadores seja realizada em até três anos. A resolução se justifica por alguns números alarmantes do setor, como 33% de erros de medicação durante internações*, 30% de falsificação de medicamentos e cerca 1.000 recalls por ano. Rastrear medicamentos é o primeiro passo para garantir a redução de custos às instituições de saúde e maior segurança aos pacientes.
A resolução nº 54, que trata da implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), propõe procedimentos para rastrear medicamentos na cadeia dos produtos farmacêuticos, com acompanhamento da trajetória destes, da produção até o consumidor. Ainda de acordo com a diretriz, as embalagens de medicamentos devem ter um código bidimensional (ou código 2D), que suprem a deficiência do código linear por conseguir representar uma quantidade maior de informação em um espaço reduzido. Para se ter ideia da relevância deste processo, os insumos médicos são responsáveis pelo segundo maior custo nas instituições de saúde, perdendo apenas para a folha de pagamento. Em média, 30% dos estoques são desperdiçados e o índice de obsolescência chega a 20%, o que pode levar a perdas de até 15% da margem financeira da instituição de saúde. Outro aspecto importante da rastreabilidade é a garantia de que o paciente receberá o medicamento correto, no momento certo, na dose certa. No Brasil, são realizados cerca de mil recalls por ano e, sem rastreabilidade, é praticamente impossível identificar os pacientes que tomaram medicamentos de forma correta/incorreta ou na validade. O processo requer uma logística diferenciada, que compreende uma expertise de gestão em toda a rotina do medicamento, nas diferentes unidades e formatos de atendimento em que ele possa ser requisitado. As vantagens de ter uma empresa especializada em logística, incluindo rastreabilidade de medicamentos, são inúmeras e beneficiam toda a cadeia envolvida, de gestores a usuários do sistema de saúde, Tecnologias especificas possibilitam saber onde estão estes produtos, da produção à dispensação ao paciente, reduzindo custos e desperdícios, além de oferecer mais segurança aos pacientes na administração da medicação. *Dados estatísticos: Relatório Global Standards - Mackinsey 2013