O vice-presidente executivo do HIMSS Analytics, John Hoyt, compartilhou com o público quais são as vantagens de se ter o estágio 7 em EMRAM – electronic medical record adoption model. O mais alto estágio do EMRAM se caracteriza pela adoção completa de prontuário eletrônico, interoperabilidade, comunicação interna fluida, continuidade de dados em diferentes segmentos hospitalares e armazenamento adequado.
Atualmente na América Latina temos somente a Clínica las Condes que possui um estágio 6. Nos Estados Unidos, tem-se 834 hospitais no estágio 6 e 181 no estágio 7.
Mas o que de fato possuir a mais alta gradação em estágio representa?
Benefício para a segurança
De acordo com o Hoyt, usando-se diferentes escalas que verifica a segurança das informações e procedimentos, o salto maior é verificado mudando-se do estágio 6 para 7, pulando de 30,8% para 62,2% dos hospitais com respectivas acreditações. E por falar em outras acreditações, os hospitais que possuem o estágio 7 possuem 4 ou mais selos de acreditações, também um salto significativo comparado ao estágio 6.
Qualidade clínica e satisfação do paciente
Efetua-se um pulo de 49 para 63.3 pontos do estágio 6 para 7, e invariavelmente o estágio 7 demonstra uma qualidade clínica superior a qualquer estágio. Em estágios baixos, a taxa de mortalidade por ataque cardíaco chega de 15 a 17% mas nas altas, a 10%. É marcante também a possibilidade de detecção precoce através de algoritmos de suporte das condições gravíssimas como a sepse, em que a letalidade beira de 50 a 75% - o uso destes softwares permite uma intervenção mais precoce e, portanto, mais efetiva de sepse.
No entanto, a satisfação do paciente cai. Especula-se que a causa seja de falta de comunicação com os médicos e enfermeiros, dificuldade de transmitir as ideias para os pacientes e por se localizar em anos de transição para meios digitais, ocasionando um tumulto inevitável.
Custo-benefício
O Hoyt argumentou que depois de 4 a 5 anos ocorre o breakeven do custo/gasto e ganho, e pode-se esperar uma redução no custo geral pois diminui necessidade de realização de procedimentos redundantes, cria processos que facilitam a tomada de decisões e visualizações etc.
O corpo clínico se beneficia também com um aumento da eficiência e da qualidade de vida no trabalho. As enfermeiras relataram que, sem mexer no número das profissionais, conseguiram aumentar a eficiência e sentiram que o estágio 7 realmente trouxeram melhorias, conta Hoyt.
O tempo também é melhor utilizado. Para que um medicamento como antibiótico chegasse do pedido médico até o medicamento ser administrado no leito em si, demorava em média 59 minutos. Depois da adoção do estágio 7, reduziu para 4,5 minutos, uma redução de 92,3%
O Hoyt menciona o “closed loop care condition” para o sucesso e sustentabilidade na saúde. Tecnologias como código de barra, elaboração de planos de adoção digital e diminuições de informações redundantes constituem etapas que podem melhorar a saúde do paciente e criar uma sustentabilidade na saúde, afirma Hoyt.