Apesar dos contextos políticos e regulatórios distintos, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o benefício saúde pode ser considerado um benefício quase obrigatório. A partir de duas pesquisas independentes, a GST (Gesto Saúde e Tecnologia) abordou em artigo as principais diferenças e similaridades entre esses dois países no que tange ao benefício saúde.
As informações relacionadas aos EUA foram obtidas da pesquisa do Healhtcare Trends Institute Healthcare Benefits Trends, com mais de 300 empresas em todo o país. Para o Brasil, as informações foram obtidas da 30ª Pesquisa sobre Planos de Benefícios no Brasil, da Towers Watson, que entrevistou 194 empresas, no último ano.
O benefício mais comum oferecido aos trabalhadores tanto das empresas brasileiras (100%) quanto das norte americanas (95,2%) é o plano de saúde. Sendo que esse benefício é estendido aos dependentes brasileiros entre 72% a 99% dos casos (dependendo do tipo de dependente) e para 80,8% dos casos americanos.
Em relação aos custos com o plano de saúde, devido à reforma do sistema de saúde americano (Affordable Care Act), as empresas identificaram que o custo dos benefícios patrocinados pelo empregador foram afetados, exigindo que os planos oferecessem coberturas mais amplas e, consequentemente, mais caras.
No Brasil, para 40% das empresas participantes da pesquisa, o benefício do plano aos colaboradores representa mais de 8% da folha de pagamento. Além dessa representatividade, é preciso ressaltar a tendência continua de aceleração dos custos. A pesquisa recente da Towers Watson identificou para o Brasil uma variação de custos com o benefício saúde de 13,2% em 2013 e uma expectativa de 14,0% para 2014 (2014 Global Medical Trends Surveyu Report).
O Intituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) divulgou recentemente o índice VCMH/IESS, de planos individuais, sob uma variação de custos de 16% para o ano de 2013. Esses índices mostram que a tendência é de que os custos em saúde continuam a aumentar e, provavelmente, passará a comprometer ainda mais a folha de pagamento das empresas.
Como pesquisas mostram, nos Estados Unidos não é muito diferente. Estudo da PWC Health and Well-being Touchstone Survey results June 2014 (PWC) apontou que a variação dos custos médico-hospitalares entre empresas foi de 7,8% em 2013 e 8,0%, estimados para 2014. Para tentar controlar os custos, 43,9% das empresas pesquisadas já utilizam algum tipo de incentivo para estilo de vida saudável e 61% das empresas oferecem pelo menos um programa de bem-estar e 43% oferecem aos funcionários a oportunidade de avaliação de riscos para a saúde (mapeamento).
No Brasil, grandes empresas já têm trabalhado com essas ações de qualidade de vida e mapeamento de risco. Entretanto, as variações dos custos médico-hospitalares no país entre as empresas precisam de uma gestão além de preventiva. Primeiro, é preciso entender quais os fatores que estão impactando na variação dos custos: o preço médio dos procedimentos, a frequência média de utilização ou ambos. Segundo, identificar os procedimentos (internações, consultas, exames), prestadores, perfil da população (titular, dependente, homens, mulheres, aposentados, entre outros) que também impactam nos custos é de fundamental importância tanto para a gestão de saúde dos colaboradores quanto do próprio custo assistencial. Conhecer e entender essas informações é o primeiro passo para qualquer ação de gestão, seja de custo ou de assistência à saúde nas empresas.
*Fonte: blog da GST - Gesto Saúde e Tecnologia: com mais de 12 anos de experiência, a GST é uma empresa nacional pioneira no desenvolvimento de soluções para auxiliar as companhias a gerir de maneira eficiente a saúde de seus funcionários ao mesmo tempo em que obtém reduções de custos com uma melhor gestão do uso dos planos de saúde e do Fator Acidentário de Prevenção (FAP).
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