Já adotado por personalidade de diversos campos como Bill Gates, Mark Zuckenberg, George W. Bush, Cristiano Ronaldo, Lady Gaga e Charlie Sheen.
Apesar de em alguns casos ter caído no esquecimento, um dos objetivos do desafio é de conscientizar sobre a doença. A esclerose amitrófica lateral é a mais comum da doença do neurônio motor e se caracteriza por redução progressiva da força e do controle muscular, levando em última instância em parada respiratória. Esta doença neurodegenerativa não possui cura e a sobrevida de um paciente gira em torno de 3 a 5 anos depois do início dos sintomas, apesar de haver exceções como o Professor Stephen Hawkings que convive há mais de 50 anos com a doença. Ainda não se sabe a causa concreta da doença, apesar de alguns genes serem apontados como um fator de risco.
Assim, é uma doença que requer grandes estudos e avanços científicos para que possamos encontrar um tratamento ou prevenção. No entanto, é uma doença altamente complexa, como outras doenças neurodegenerativas, que requer estudos múltiplos e dos diferentes fatores. Aqui, entra o segundo objetivo do jogo: a de arrecadação de fundos para a pesquisa - e até agora se arrecadou mais de 94 milhões de dólares só para a associação americana de esclerose amiotrófica múltipla, muito mais que os 2,5 milhões arrecadados ano passado. Como fizeram isso? Bom, vamos olhar a regra do jogo:
A regra do jogo é simples: depois de você ser nomeado por alguém que aceitou o desafio, ou você terá de aceitar um balde de água fria, tirar um vídeo de você e postar no youtube - além de contribuir com 10 dólares à fundação do seu país - ou contribuir com 100 dólares, caso você recuse a participar do desafio. O ex-presidente George W. Bush, por exemplo, nomeou o também ex-presidente Bill Clinton a participar do desafio.
Apesar de algumas críticas em relação à condução da campanha ou de desvio do objetivo, é de fato uma campanha criativa e bem-sucedida em termos de alcance. Além disso, é bastante interessante observar este “crowdfunding para pesquisas de tratamento” - fenômeno que, se por acaso tivesse sido acompanhado os vídeos do Gangnam Style ou do Harlem Shake, talvez pudesse ter arrecadado fundos para outras doenças sem cura e com prognóstico obscuro. Dinheiro em pesquisa não se traduzirá em tratamento ou resposta definitiva necessariamente, no entanto, é a única forma de levar uma pesquisa adiante e termos a esperança de que possamos, um dia, combater estas doenças trágicas. Esperamos que o dinheiro que está sendo arrecadado seja usado da melhor forma para trazer avanços científicos e humanísticos.
No Brasil, a campanha veio desvinculada a um conteúdo e serve de lição para próximas campanhas virais. O desafio se tornou um "banner" offline, mas, até a semana passada, apenas R$300 tinham sido doados para a instituição equivalente no Brasil. A taxa de conversão baixa em doações sinaliza uma falta de estrutura da campanha, que, por crescer muito rapidamente e se tornar viral, não tinha informações sobre a Associação, a doença ou a conta bancária para depósito. Após muita discussão, algumas personalidades brasileiras questionaram a atitude da postagem do vídeo e passaram a questionar sobre a realização do depósito. Esta provocação parece ter sido ouvida por alguns, que se recusaram a realizar o desafio, mas publicaram o comprovante de depósito ou por outros que realizaram o desafio e, posteriormente, fizeram o depósito.
Para saber mais, acesso o site da associação americana de esclerose amiotrófica múltipla ou o site da Mayo Clinic.
Observação feita pelo leitor, em 24/10/2014:
No Brasil, maiores informações podem ser obtidas no site do ABRELA, que conta como o presidente do conselho o Dr. Acary Souza Bulle Oliveira, e fazer a doação de acordo com as instruções que eles publicaram.