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Endividada, Santa Casa de SP fecha as portas

Urgência e emergência do Hospital Central enfrentam falta de recursos para financiar materiais e medicamentos. Instituição negocia solução com governo paulista

Devido aos seus mais de 400 anos de existência, o simbolismo por trás do fechamento dos portões da urgência e da emergência da Santa Casa de São Paulo é forte. A instituição anunciou no começo da noite de terça-feira (22) a interrupção dos atendimentos no Hospital Central por falta de recursos para a aquisição de materiais e medicamentos.

O portão foi fechado por volta das 18h, e os pacientes que procuraram os serviços da estrutura foram avisados do problema e encaminhados para outras unidades de saúde da cidade, como o Hospital das Clínicas. A média de atendimento da instituição na urgência e emergência é de aproximadamente 1,2 mil pessoas por dia.

Até a manhã desta quarta-feira (23), não havia previsão de reabertura do hospital. Procurada, a assessoria de comunicação da entidade disse que o provedor da Santa Casa e São Paulo, Kalil Rocha Abdalla, estava em negociações diretas com o governo do estado para encontrar uma solução. A secretaria da Saúde de SP anunciou uma coletiva de imprensa às 11h da manhã. [Aguarde mais informações em breve!]

Antiga, a crise financeira pela qual passa a Santa Casa de SP inclui uma ameaça anterior de fechamento (em 2011) e uma dívida de R$ 120 milhões – conta que foi um dos principais temas da campanha pela direção da entidade, da qual saiu reeleito o advogado Kalil Rocha Abdalla, derrotando a chapa desafiante liderada pelo médico José Luiz Setúbal

Entenda: para onde caminha a gestão da Santa Casa de São Paulo?

Veja as manobras financeiras para o sustento da Santa Casa 


Com um orçamento anual na casa de R$ 1,3 bilhão, a dívida da Santa Casa saltou de R$ 50 milhões para R$ 300 milhões nos últimos anos. Segundo o provedor, a defasagem da tabela SUS e o aumento dos custos dos insumos, bem como os investimentos em infraestrutura e equipamentos, explicam o crescimento da dívida.