A Argentina, país em crise desde 2001, tem um dos sistemas de saúde mais críticos da América do Sul desde então. Tal sistema de saúde, tal como é, foi desenvolvido entre 1945 e 1955, um período de crescimento econômico e industrialização, rápida urbanização e bons índices. O sistema de saúde argentino tem três setores: público, privado e segurança social e, cada um deles apresenta serviços separados, população-alvo e financiamento.
A combinação dos sistemas de saúde consiste em: uma rede de hospitais e centros de saúde públicos remanescentes de um período de atendimento de entidades de caridade, com investimento governamental na época de maior desenvolvimento e com posteriores privatizações em uma época de crises nas décadas de 80 e 90; um sistema de saúde com seguros sociais para profissionais iniciado no meio do século XX com contribuição do governo, dos empregados e dos empregadores e; um setor privado com fins lucrativos, provendo serviço para as classes média e alta, formado, inicialmente, por hospitais de imigrantes e consultórios privados. O setor privado cresceu na década de 80.
Desde 2001, no entanto, o sistema de saúde argentino está passando por problemas altos, com gastos públicos maiores que no Brasil (de 4,58% em 2006 para 9,5% em 2009), sendo um dos mais altos da América Latina. A renda per capita diminui consideravelmente durante este período e a indigência aumentou, tornando a distribuição de renda muito desigual.
Cerca de 60% da população argentina recorre ao sistema de saúde público e, recentemente, a Argentina enfrentou mais uma etapa da sua crise: o calote aos credores americanos.
Em meio a este cenário, como é empreender na Argentina?
- Verifique a disponibilidade do nome da empresa na Inspección General de Justicia: Este procedimento dura um dia e custa 150 pesos argentinos, ou seja, 41 reais.
- Certifique as assinaturas em um cartório: Este procedimento dura um dia e custa 1000 pesos argentinos, ou seja, 275 reais.
- Deposite um capital inicial no Banco Nacional e pegue o comprovante do pagamento: Este procedimento dura um dia e custa 30 pesos argentinos, ou seja, 9 reais.
- Publique a existência da nova empresa no Boletín Oficial: Este procedimento dura de um dia a três dias e custa 2600 pesos argentinos, ou seja, 710 reais.
- Realize o pagamento de uma taxa de incorporação: Este procedimento dura um dia e custa 100 pesos argentinos, ou seja, 27 reais.
- Registre-se no Registro Público do Comércio da Cidade de Buenos Aires: Este procedimento dura de cinco a dez dias e custa 2350 pesos argentinos, ou seja, cerca de 700 reais.
- Compre livros especiais (como livro de atas): Este procedimento dura um dia e não tem custo específicos - custos envolvidos no procedimento 8.
- Pegue um formulário do Cartório e rubrique os livros da empresa na Inspeção Geral da Justiça: Este procedimento dura cinco dias e custa 2350 pesos argentinos, ou seja, cerca de 700 reais.
- Obtenha um Código Fiscal: Este procedimento dura um dia e não tem custo.
- Obtenha um número de identificação da Administração Federal de Ingressos Públicos e registre para a seguridade social: Este procedimento dura quatro dias e não tem custo.
- Registre os impostos a nível local na Direção Geral de Rendas na cidade de Buenos Aires: Este procedimento dura um dia e custa 50 pesos argentinos, ou seja, 13 reais.
- Registre com o Sistema Único de Seguridade Social: Este procedimento dura um dia e não tem custos.
- Contrate um seguro para os empregados com risco de trabalho: Este procedimento dura um dia e não tem custo.
- Rubrique os seus livros com os salários no Ministério do Trabalho: Este procedimento dura um dia e custa 75 pesos argentinos, ou seja, 20 reais.
Alguns exemplos de startups argentinas são:
Epicrisis: A empresa tem uma solução de história clínica para clínicas com base em cloud, facilitando o acesso às informações em qualquer lugar.
Proyeto Médicos 2.0 - Colegas: Este é um projeto que transforma a atividade médica individual em uma atividade comunitária, fomentando a discussão de casos e problemas médicos.