Um grande número de executivos americanos está insatisfeito ou indiferente em relação ao prontuário eletrônico usado pelas suas instituições, de acordo com a pesquisa realizada pela Premier.
De acordo com a pesquisa, 30% dos executivos estão insatisfeitos e 11%, indiferentes em relação ao serviço usado no hospital. Este número é bastante significativo, porque não basta ter uma plataforma instalada para que o sistema seja efetivo na instituição. É necessário que haja engajamento dos funcionários e usuários da rede, que haja alimentação do sistema e uma visão otimista da aplicação deste software.
Até 2015, os hospitais americanos devem ter um prontuário eletrônico que atenda a diversos guidelines técnicos e clínicos, segundo o HITECH Act.
Gastar em informação e saúde tem tido crescimento rápido em hospitais e, em 2013, 17% disse que faria aquisições altas no setor de TI em saúde agora em 2014. Na pesquisa deste ano, o número passou de 13 para 27%.
O mercado de prontuário eletrônico nos EUA tem projeção de crescimento de até $9.3 bilhões até 2015, de acordo com uma análise realizada pela Accenture. A empresa também cita que os EUA continuarão como o maior mercado para prontuário eletrônico e registro eletrônico do mundo, sendo aproximadamente 50% do mercado total.
Já no Reino Unido, o mercado espera crescer 4.3% por ano, chegando a $2.1 bilhões ao final de 2015.O NHS britânico experimentou um recuo de crescimento, mas, apesar disso, vários hospitais estão fechando contrato com empresas de prontuário eletrônico.
Os países nórdicos apresentam sistemas nacionais já implementados e com níveis de maturidade bem sucedidos, apresentando uma oportunidade de crescimento significativa, com foco regional para melhorias e renovação de soluções de PEP e RES. Entre 2012 e 2015, a taxa de crescimento calculada é e 5.1% ao ano.
O governo alemão apresenta forte comprometimento com TI em saúde e sua estratégia de e-saúde tem a TI em evidência. O crescimento anual na Alemanha está previsto em 3.6%, apesar da complexidade das estruturas de financiamento alemãs.
A título de comparação, o Brasil apresenta projeção de $0.4 bilhão até 2015 com crescimento anual de 9.7%. Nas oportunidades citadas pelo relatório, o Brasil apresenta o maior investimento em TI em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o relatório, os novos serviços de prontuário eletrônico podem ser encaixados em três categorias:
Soluções amplas de PEP/RES: Estas são as soluções tradicionais já implementadas em mercados mais maduros, oferecendo um amplo nível de funcionalidades em exercícios de implantação em larga escala. A demanda por estas soluções ainda vai crescer, particularmente, em hospitais acadêmicos e redes de oferta de saúde integradas.
PEP como um serviço: As soluções baseadas em nuvem representam uma oportunidade de crescimento, especialmente para provedores de saúde que não podem fazer grandes investimentos. Hospitais menores e ambulatórios estão optando por este tipo de serviço gratuito e seguro. Esta é uma solução que deverá apresentar crescimento em países emergentes.
Gestão de saúde da população: Esta abordagem mais holística aborda o PEP e o RES dentro de uma plataforma de cuidado e enfatiza a oferta de saúde para a população direcionada pelos dados produzidos por ela mesma. Fontes de dados estruturados e desestruturados (big data) podem ser interpretados e gerar um cuidado personalizado através de ferramentas analíticas robustas.
Na prática, os sistemas de saúde devem ter elementos dos três modelos, mas a solução adequada para cada provedor deverá ser analisada de acordo com sua realidade e suas expectativas em relação ao produto.