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Hospitais como opção de lazer ?!

Hospitais viram opção. De lazer e restaurante Muitos já recebem quem mora ou trabalha perto; ontem Einstein inaugurou auditório 05 de outubro de 2010 | 0h 00 Leia a notícia Comentários 5 EmailImprimir TwitterFacebookDeliciousDiggNewsvineLinkedInLiveRedditTexto - + Vitor Hugo Brandalise - O Estado de S.Paulo Em São Paulo, procurar um hospital nem sempre é sinônimo de problemas com a saúde. Entrar nesses assépticos ambientes pode significar, também, uma busca por cultura, lazer e - deixando para trás a má fama atribuída à grife "comida de hospital" - até gastronomia. Para tentar fortalecer suas marcas, hospitais estão abrindo suas portas ao público externo, com promoção de eventos e oferta de serviços de qualidade a quem mora ou trabalha nos arredores. Epitacioo Pessoa/AE Preferência. Sem problemas de saúde, Yolanda Yared frequenta diariamente o Bistrô do Hospital do Coração No Hospital do Coração (HCor), no Paraíso, zona sul da capital, por exemplo, os pratos que saem da cozinha não se resumem, de forma alguma, a gelatina e sopa de arroz sem sal. No cardápio diário, há cinco saladas variadas, todo tipo de carne e até feijoada, em refeições disponíveis não somente a pacientes, acompanhantes e médicos, mas a todos que quiserem. O Bistrô HCor, como o restaurante é chamado, já tem até clientes fiéis. É o caso da professora aposentada Yolanda Yared, de 87 anos, que almoça diariamente no HCor, mesmo sem apresentar problemas de saúde. "A comida é boa, saudável e o restaurante fica ao lado de minha casa. Triste eu fico nos fins de semana, quando ele não abre", disse, logo após comer um prato de frango, cuscuz e salada de acelga. "Além do mais, comer rodeada de médicos dá uma tranquilidade bastante interessante a alguém da minha idade", brinca. O bistrô é também uma alternativa saudável, segundo clientes. "Perdi 14 quilos desde que comecei a comer aqui", disse o advogado Natanael Marcos Lépore, de 57 anos, que trabalha a duas quadras do HCor e há um ano descobriu o restaurante. "É um ambiente de saúde, acabo me obrigando a tomar mais cuidado comigo." Segundo a direção, 10% da clientela diária é composta por gente que nada tem a ver com os tratamentos oferecidos pelo hospital. Na unidade Anália Franco do Hospital São Luiz, na zona leste, o cálculo é semelhante: das 3 mil refeições servidas no restaurante por mês, cerca de 300 vão para o público externo. No ano passado, o hospital contratou a grife Noah Gastronomia, do grupo Chieko Aoki, para tocar o restaurante da unidade - uma tentativa de fisgar pelo estômago um possível futuro paciente. Novo auditório. Outra forma encontrada por hospitais para se abrir para o público é criar áreas para eventos. O mais novo espaço foi inaugurado ontem no Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, na zona sul. Trata-se de um auditório com capacidade para 500 pessoas, que, a princípio, vai receber eventos ligados à área da saúde, mas, aos poucos deve variar a programação. "Criamos uma equipe que cuidará das apresentações a partir de 2011", explicou o médico Claudio Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. "Ainda é algo a se acertar, mas não é absurdo dizer que, no futuro, as pessoas vão procurar o auditório para ver peças de teatro." "Vincular saúde e cultura é algo que deve se tornar trivial. Faz parte de um entendimento amplo do que é saúde. Se o auditório será espaço irradiador de cultura, ainda é preciso decidir. Mas é certo que trará as pessoas para conhecer melhor as questões da saúde e - por que não? - se divertirem", disse. Outra instituição que frequentemente oferece programação cultural é o Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista. Toda quarta-feira, há apresentações de coral, com entrada gratuita, assistidas por até 70 pessoas. Para especialistas, além de fortalecer a marca dos centros médicos privados, abrir os hospitais à sociedade é uma forma de diminuir a associação desses locais com a ideia de sofrimento. "É a tendência geral de disputar pacientes, mas também serve para aliviar a ideia de que hospital é local fechado, com controle rígido de entradas e saídas, num regime severo", disse Maria Cristina Amorim, professora da PUC-SP especialista em economia e gestão de saúde. "São medidas bem-vindas, que podem trazer um melhor entendimento dos tratamentos de saúde." / COLABOROU VALÉRIA FRANÇA Novo conceito MARIA CRISTINA AMORIM ESPECIALISTA EM ECONOMIA E GESTÃO DE SAÚDE "Essas ações estão ligadas a aumento da rentabilidade e à busca de pacientes, que acabam conhecendo a instituição. É uma associação de marcas, nada diferente da estratégia de outras empresas. Mas ajuda a diminuir a ideia de ambiente hostil associada a hospitais."

Caros,

Hospitais como opção de lazer ?! Almoçar no restaurante do seu hospital preferido ?! Um novo modelo de relacionamento com o cliente ?! Uma nova tendência de relacionamento com o cliente no setor saúde ?! Muito interessante esta matéria do Estadão ! Vale a pena conferir !

Atenciosamente,

Fernando Cembranelli

Equipe Empreender Saúde

Hospitais viram opção. De lazer e restaurante

Muitos já recebem quem mora ou trabalha perto; ontem Einstein inaugurou auditório

05 de outubro de 2010 | 0h 00

Vitor Hugo Brandalise - O Estado de S.Paulo

Em São Paulo, procurar um hospital nem sempre é sinônimo de problemas com a saúde. Entrar nesses assépticos ambientes pode significar, também, uma busca por cultura, lazer e - deixando para trás a má fama atribuída à grife "comida de hospital" - até gastronomia. Para tentar fortalecer suas marcas, hospitais estão abrindo suas portas ao público externo, com promoção de eventos e oferta de serviços de qualidade a quem mora ou trabalha nos arredores.

Epitacioo Pessoa/AE

Preferência. Sem problemas de saúde, Yolanda Yared frequenta diariamente o Bistrô do Hospital do Coração

No Hospital do Coração (HCor), no Paraíso, zona sul da capital, por exemplo, os pratos que saem da cozinha não se resumem, de forma alguma, a gelatina e sopa de arroz sem sal. No cardápio diário, há cinco saladas variadas, todo tipo de carne e até feijoada, em refeições disponíveis não somente a pacientes, acompanhantes e médicos, mas a todos que quiserem.

O Bistrô HCor, como o restaurante é chamado, já tem até clientes fiéis. É o caso da professora aposentada Yolanda Yared, de 87 anos, que almoça diariamente no HCor, mesmo sem apresentar problemas de saúde. "A comida é boa, saudável e o restaurante fica ao lado de minha casa. Triste eu fico nos fins de semana, quando ele não abre", disse, logo após comer um prato de frango, cuscuz e salada de acelga. "Além do mais, comer rodeada de médicos dá uma tranquilidade bastante interessante a alguém da minha idade", brinca.

O bistrô é também uma alternativa saudável, segundo clientes. "Perdi 14 quilos desde que comecei a comer aqui", disse o advogado Natanael Marcos Lépore, de 57 anos, que trabalha a duas quadras do HCor e há um ano descobriu o restaurante. "É um ambiente de saúde, acabo me obrigando a tomar mais cuidado comigo." Segundo a direção, 10% da clientela diária é composta por gente que nada tem a ver com os tratamentos oferecidos pelo hospital.

Na unidade Anália Franco do Hospital São Luiz, na zona leste, o cálculo é semelhante: das 3 mil refeições servidas no restaurante por mês, cerca de 300 vão para o público externo. No ano passado, o hospital contratou a grife Noah Gastronomia, do grupo Chieko Aoki, para tocar o restaurante da unidade - uma tentativa de fisgar pelo estômago um possível futuro paciente.

Novo auditório. Outra forma encontrada por hospitais para se abrir para o público é criar áreas para eventos. O mais novo espaço foi inaugurado ontem no Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, na zona sul. Trata-se de um auditório com capacidade para 500 pessoas, que, a princípio, vai receber eventos ligados à área da saúde, mas, aos poucos deve variar a programação.

"Criamos uma equipe que cuidará das apresentações a partir de 2011", explicou o médico Claudio Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. "Ainda é algo a se acertar, mas não é absurdo dizer que, no futuro, as pessoas vão procurar o auditório para ver peças de teatro."

"Vincular saúde e cultura é algo que deve se tornar trivial. Faz parte de um entendimento amplo do que é saúde. Se o auditório será espaço irradiador de cultura, ainda é preciso decidir. Mas é certo que trará as pessoas para conhecer melhor as questões da saúde e - por que não? - se divertirem", disse.

Outra instituição que frequentemente oferece programação cultural é o Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista. Toda quarta-feira, há apresentações de coral, com entrada gratuita, assistidas por até 70 pessoas.

Para especialistas, além de fortalecer a marca dos centros médicos privados, abrir os hospitais à sociedade é uma forma de diminuir a associação desses locais com a ideia de sofrimento.

"É a tendência geral de disputar pacientes, mas também serve para aliviar a ideia de que hospital é local fechado, com controle rígido de entradas e saídas, num regime severo", disse Maria Cristina Amorim, professora da PUC-SP especialista em economia e gestão de saúde. "São medidas bem-vindas, que podem trazer um melhor entendimento dos tratamentos de saúde." / COLABOROU VALÉRIA FRANÇA

Novo conceito

MARIA CRISTINA AMORIM ESPECIALISTA EM ECONOMIA

E GESTÃO DE SAÚDE

"Essas ações estão ligadas a aumento da rentabilidade e à busca de pacientes, que acabam conhecendo a instituição. É uma associação de marcas, nada diferente da estratégia de outras empresas. Mas ajuda a diminuir a ideia de ambiente hostil associada a hospitais."

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