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Como os médicos podem engajar os pacientes em segurança da informação?

Principais interfaces com os usuários dos sistemas de saúde, profissionais podem desempenhar papel crucial para garantir o bom uso da tecnologia

Com expectativa de movimentar US$ 26 bilhões até o final de 2017, segundo estudo da consultoria para o mercado mobile Research 2 Guidance, os aplicativos de saúde são cada vez mais procurados por usuários de smartphones e outros dispositivos ligados à internet. Essas aplicações, porém, ainda deixam a desejar no quesito segurança da informação.

Um estudo realizado pela empresa de cibersegurança Symantec revelou que 20 em 100 aplicações voltadas para a saúde transmitiam informações pessoais do usuário, login e senha sem criptografia e mais de 50 delas não dispunham de políticas de privacidade.

Em busca de praticidade e funcionalidade, usuários desses aplicativos costumam deixar a segurança em segundo plano e, muitas vezes, se veem surpreendidos com o vazamento de seus dados pessoais.

O caso se torna ainda mais grave com o envio dessas informações para médicos e instituições de saúde que são responsáveis, por lei, pela confidencialidade do prontuário do paciente.

Principais interfaces dos pacientes, os médicos podem desempenhar um papel crucial na conscientização das pessoas sobre segurança da informação.

Entre as boas práticas que podem ser disseminadas por esses profissionais estão:

  1. Explique que o paciente é responsável pela informação inserida em aplicativos e compartilhada em redes sociais, fóruns, e-mails e outros dispositivos e não deve postar nada que não queira tornar público. As regras de confidencialidade impostas aos prestadores de serviços não se aplicam nestes casos.
  2. Hospitais e consultórios seguem regras rígidas quanto à proteção da informação e seus pacientes deveriam fazer o mesmo, preocupando-se com a criação de senhas seguras, uso de antivírus, criptografia dos dados e restrição de acesso.
  3. Os pacientes devem certificar-se sempre de que as fontes para as quais enviam suas informações são confiáveis, de que farão uso correto dos seus dados e que dispõem de recursos para garantir sua segurança e privacidade.
  4. Oriente os pacientes a ler Termos & Condições das empresas que armazenam seus dados de saúde online, e que apenas aceitem se essas normas estiverem de acordo com suas necessidades de privacidade e segurança.

Orientar o paciente é a melhor maneira de tornar a tecnologia uma aliada da saúde, em vez de fonte de preocupações.