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Big data em saúde: como torná-lo relevante para o negócio?

Mais do que coletar informações com o big data, é preciso analisá-las e trabalhá-las para que sirvam à tomada de decisão

Os dados vêm de todos os lugares: do prontuário eletrônico, dos wearable devices, dos smartphones, do ERP, dos equipamentos médicos, dos sistemas hospitalares e de radiologia.... Então, nesse oceano que é o big data, como colocar a informação a serviço da tomada de decisões clínicas e administrativas?

Primeiro é preciso definir as áreas que mais se beneficiariam do sistema. No que tange a assistência, medicina preditiva e personalizada são as áreas mais promissoras, estudando padrões epidemiológicos para antecipar surtos e epidemias ou mesmo a agudização de alguns casos; e customizando tratamentos de acordo com a suscetibilidade a uma determinada doença ou a resposta a um medicamento, por exemplo.

Quando adequadamente utilizado, o big data pode, também, ajudar a organizar a demanda assistencial, identificar novas oportunidades de prestação de serviços e melhorar a utilização de recursos materiais e humanos, identificando gargalos e áreas prioritárias.   

“Com os avanços tecnológicos, atingimos a Quarta Onda da Saúde, em que o envolvimento crescente do indivíduo na reunião de informações aprimora a emissão de alertas às condutas médicas, a formulação de hipóteses diagnósticas, o apontamento de melhores práticas de tratamento, a prevenção primária e o acompanhamento da evolução da saúde do paciente. Avaliando direcionamentos de tratamentos, sobretudo, de oncologia e outras condições crônicas, supercomputadores já interagem (inclusive, por voz) diretamente com médicos”, explica Paulo Magnus em artigo para o blog da MV.

No relatório “The big data revolution in US Healthcare”, a consultoria McKinsey sugere quatro medidas para superar obstáculos e transformar a saúde com essa tecnologia:  

1) Técnicas tradicionais de gestão médica devem mudar, já que elas colocam fontes pagadoras e prestadores de serviços em lados opostos, baseando serviços no que é coberto, não no que é mais efetivo.

2) Os stakeholders devem reconhecer o valor do big data e agir de acordo com o que ele propõe, o que exige uma mudança de mentalidade que pode ser difícil de atingir. Os médicos não vão conseguir melhorar o prognóstico de seus pacientes se se recusarem a seguir os protocolos baseados no big data e, em vez disso, confiarem apenas em seu próprio julgamento.

3) Privacidade continua sendo uma questão importante e os stakeholders devem se manter vigilantes e alertas para problemas potenciais.

4) Por fim, a Saúde precisará aprender com outras revoluções dirigidas pelos dados e buscar criar valor para toda a cadeia, não somente em benefício próprio.