O governo estadual da Paraíba entregou no último dia 10 o primeiro condomínio residencial exclusivo para idosos. Batizado de Cidade Madura, o projeto foi instalado em João Pessoa, mas já há previsão de lançamento de outras unidades do empreendimento nos municípios de Campina Grande e Cajazeiras.
As casas entregues aos idosos têm 54 metros quadrados, e foram construídas atentando a critérios de acessibilidade. A infraestrutura disponível no condomínio busca atender diversas necessidades dos residentes, oferecendo área de lazer (praça, redário e jardim), equipamento de esporte e saúde (pista de caminhada, academia ao ar livre, campo de futebol e unidade de saúde) e socialização (centro de convivência).
A questão habitacional gera muitos debates quando se têm em mente a população idosa. Há uma defesa grande de que o idoso continue residindo em sua casa, mesmo quando já precisa de auxílio para realizar atividades cotidianas, pois a saída da casa onde está habituado a viver pode ter muitas consequências psicossociais negativas. Mas em alguns casos, esta pode não ser uma opção viável, seja por uma questão financeira da família, seja pela disponibilidade de serviços que permitam a permanência independente do idoso, seja pela existência de mão de obra assistencial, etc.
Em se tratando que há diversas realidades e necessidades, o ideal é que haja várias opções para os idosos e suas famílias, tanto para que fiquem em suas casas, quanto para que vão a um lugar parecido com o condomínio paraibano. Já foi tratado em um post anterior de uma empresa norte-americana (Gilbert Guide) concentrada apenas na questão de dispor informações sobre oferta de serviços residenciais a idosos.
Assim, embora seja uma iniciativa do setor público, é crível que iniciativas como a do governo paraibano certamente teriam absorção pelo público privado. Novamente, o ideal é que haja a maior variedade possível de opções, que levem em consideração diferentes necessidades e realidades, pois menos de 1% dos idosos vivem em instituições de longa permanência, o que ocorre, senão apena pela falta de boas opções, também por isso. Se incluirmos a baixa oferta de opções que não sejam de residência, como centros-dia, então a situação fica gritante.
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