O total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalar no Brasil alcançou 50,7 milhões em março, crescimento de 4,7% em relação ao mesmo mês de 2013, quando o mercado contava com 48,5 milhões de beneficiários. Os dados fazem parte do boletim Saúde Suplementar em Números, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com as informações atualizadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, o resultado foi puxado pela contratação de planos coletivos, que cresceram 5,8% entre março de 2013 e o mesmo mês deste ano. Nesse período, o total de beneficiários de planos coletivo empresariais avançou 6,3%. Já o total de beneficiários de planos coletivos por adesão cresceu 3,6% e o de planos individuais, 1,4%.
Segundo o executivo do IESS, uma das hipóteses para explicar esse comportamento é que as pequenas e médias empresas (PMEs) têm aumentado as contratações de planos empresariais. As operadoras, diz, passaram a oferecer produtos direcionados às PMEs.
Houve ainda desaceleração na contratação de planos no primeiro trimestre de 2014. Até março, o total de beneficiários de planos de saúde avançou apenas 0,3%. No trimestre anterior, encerrado em dezembro, o crescimento registrado foi de 1,1%. O total de beneficiários de planos individuais recuou 0,3% no período, enquanto o de planos coletivos empresariais avançou 0,4% e o de planos coletivos por adesão, 1%.
Boletim
O IESS lançou na semana passada a nova edição do Boletim Científico IESS. Voltado para pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde, a publicação indica os principais estudos científicos, nacionais e internacionais, publicados no terceiro bimestre de 2014 sobre saúde, tecnologia, economia e gestão no setor de saúde suplementar. O Boletim está disponível no site do instituto.
Nesse bimestre, são destaque a pesquisa da Kaiser Foundation sobre a implantação do Affordable Care Act nos Estados Unidos e a revisão de 45 estudos sobre manutenção da perda de peso em adultos obesos e a eficácia das intervenções não cirúrgicas. Estudos sobre o uso de medicamentos off-label, medidas simples para redução de custos do setor e o acompanhamento via celular de pacientes no período pós-operatório são outros temas já analisados no boletim.
