Estudos realizados com empresas brasileiras mostraram que 74% delas, ou seja, a grande maioria, oferecem subsídios parciais ou planos de saúde totais para seus colaboradores. O que as empresas perceberam é que esse benefício leva à motivação e permanência do funcionário, que é menos tentado a mudar de emprego. Além disso, o clima interno na organização melhora.
O investimento em plano de saúde para funcionários muitas vezes é alto, mas esse é até um ponto positivo quando utilizado como parte da política de valorização da empresa. O plano de saúde é um sinal de respeito aos colaboradores.
Até mesmo nos momentos mais delicados, como a necessidade de demissões para reduzir o pessoal, o plano de saúde estendido por mais alguns meses depois do desligamento, pode ser um elemento que diminui o natural atrito dessas situações.
Para a pequena empresa ou pequeno empreendedor, o plano de saúde diminui o risco de surgir uma situação em que a doença de um colaborador pode abalar o funcionamento da empresa e até a relação com o empregador. Isto porque, na pequena empresa as relações são bastante pessoais, e numa situação de emergência é esperado que o empregador preste socorro e ajuda ao funcionário. Nesse caso, os custos podem ser bem maiores do que um plano de saúde. A existência do benefício pode gerar até mais frequência a exames regulares e maiores cuidados com a saúde, vindo a beneficiar a empresa com a redução de faltas e afastamentos por doença.
O empreendedor deve tomar alguns cuidados ao oferecer plano de saúde aos funcionários. Apesar disso não ser obrigatório, algumas categorias de trabalho já conseguiram esse benefício. O empreendedor pode decidir, definindo a operadora do plano de saúde e quanto será o subsídio da empresa para o plano de cada funcionário. Geralmente esse subsídio é de 30%, 70% ou 100%. É preciso definir também as condições para a cobertura de dependentes, se serão cônjuges e filhos e até que idade.
É importante que a política adotada seja clara, para evitar conflitos futuros. A adesão ao plano deve ser voluntária, o empregado deve manifestar sua vontade, aceitando o benefício, por escrito. Se o subsídio for parcial, o empregado deverá contribuir com alguma parte, que será descontada diretamente da folha de pagamento. Esse desconto também deve ser autorizado pelo funcionário por escrito.
O empreendedor pode oferecem tipos de cobertura diferenciados para cada grupo de funcionários. Planos sofisticados podem ser destinados aos profissionais mais qualificados ou com mais tempo de casa. Entretanto a diferença deve ser restrita ao tipo de acomodação hospitalar e não ao atendimento médico e exames clínicos, para que isso não seja visto como discriminação.
É preciso também existir segurança quanto à sustentabilidade da política de plano de saúde, que não pode deixar de existir de uma hora para outra. A empresa, pequena ou não, precisa avaliar sua capacidade de manutenção do benefício. As formas de concessão podem mudar, mas uma vez que é incorporado, passa a fazer parte da remuneração do empregado e a retirada iria gerar conflitos trabalhistas. Para deixar de manter o plano de saúde o empreendedor precisa se justificar tecnicamente, mas ainda assim corre o risco de ser processado por sindicatos na justiça do trabalho.
Muitos bancos e instituições oferecem orientação para empreendedores. O governo e outras entidades estão interessados em apoiar e incentivar o empreendedorismo, pois a força das pequenas e micro empresas é muito grande na economia brasileira. Por esse motivo há uma disposição dos planos de saúde de oferecer condições favoráveis aos empreendedores. Esse é um bom negócio para as operadoras dos planos de saúde, pois os contratos costumam ser bem sucedidos. É possível encontrar planos de saúde para pequenas empresas como: salões de beleza, pequenos escritórios, bares, artesanatos, padarias e outras.
Artigo enviado para o Empreender Saúde por Guilherme da Luz, editor dos sites: Plano de Saúde, Seguro de Carros e Empréstimos.