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Pesquisa realizada pela Philips mostra como a IA a análise preditiva e o uso de dados auxiliam profissionais de saúde a melhorar o atendimento ao paciente

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Para a edição 2022 do Future Health Index (FHI) foram entrevistados cerca de 3 mil líderes de saúde, de 15 diferentes países, para entender como esses profissionais estão redefinindo suas prioridades à medida que emergem da pandemia

A Philips, líder global de tecnologia em saúde, lançou a edição 2022 de seu relatório Future Health Index (FHI), que, pelo sétimo ano consecutivo, tem base em pesquisas proprietárias e funciona como uma importante ferramenta para mostrar como os países ao redor do mundo estão moldando o futuro da saúde.

“O Future Health Index é uma importante ferramenta para determinar quão preparados estão os países para enfrentar os desafios globais de saúde e criar sistemas nacionais sustentáveis e adequados a curto, médio e longo prazo, além de medir o grau de preparação desses países para abordar os desafios gerais, sobretudo após esses dois anos de pandemia. O período desafiou os recursos, os sistemas e a prestação de cuidados na saúde, mas também fez com que o uso de tecnologias ganhasse mais força a cada dia. Entender como o Brasil e outros países do mundo estão revendo suas prioridades, tanto novas como as já existentes, é fundamental para oferecer saúde de qualidade à população”, explica Patricia Frossard, Country Manager da Philips do Brasil.

Para a edição 2022, foram entrevistados cerca de 3 mil líderes de saúde, de 15 diferentes países - incluindo o Brasil -, a fim de entender como esses profissionais estão redefinindo suas prioridades à medida que emergem da pandemia. O relatório analisou como a Inteligência Artificial, a análise preditiva e o uso de dados auxiliam no aprimoramento da capacidade de prestar atendimento dentro e fora de um ambiente hospitalar tradicional, além da preocupação com a sustentabilidade na saúde.

“A nova edição do FHI retrata um setor que está reavaliando radicalmente suas prioridades à medida que se esforça para oferecer melhor atendimento ao paciente. Tivemos uma aceleração no processo de transformação digital na saúde com a pandemia global e isso esclareceu a necessidade de interoperabilidade entre os sistemas de TI, que enfrentam uma enxurrada de dados de pacientes que muitas vezes chegam fragmentados entre várias especialidades, departamentos e locais”, comenta Dr. Eli Szwarc, líder-médico de informática para a Philips América Latina.

O FHI 2022 está dividido em três grandes temas: 1) reavaliação das necessidades dos líderes de saúde; 2) a importância e o poder dos dados; e 3) como a análise preditiva pode ajudar a diminuir a sobrecarga dos atendimentos. O documento pode ser acessado na íntegra por meio do Link e, abaixo, estão os principais insights em relação ao Brasil.

Reavaliação das necessidades dos líderes de saúde

No cenário atual, a maioria dos líderes de saúde se concentra no atendimento remoto. Hoje, quase metade (47%) dos líderes de saúde brasileiros relatam que facilitar a mudança para o atendimento virtual é sua maior prioridade. Isso é significativamente maior do que em qualquer outro país.

“Os profissionais brasileiros estão investindo em tecnologias capacitadoras, incluindo registros eletrônicos de saúde, telessaúde e ferramentas de inteligência artificial (IA) que podem aumentar a eficiência, melhorar o atendimento e conectar comunidades remotas. Inclusive, o Brasil tem investido mais em IA clínica do que os outros países do mundo”, conta o Dr. Eli Szwarc.

Os registros eletrônicos de saúde, hoje, estão no topo das listas de investimentos em tecnologia dos líderes brasileiros. E quando o assunto é investimento em IA para ultrapassar registros de saúde digitais e telessaúde em três anos, nota-se um aumento em relação a 2021, quando 84% dos líderes brasileiros citaram os registros digitais de saúde como uma das principais prioridades de investimento. Agora, são 85%.

No ano passado, o Future Health Index 2021 descobriu que apenas 3% dos líderes no Brasil tinham a sustentabilidade como uma das principais considerações. Hoje, há uma mudança clara de postura: 24% dos profissionais colocam as práticas de sustentabilidade no topo da agenda, igualando o país ao patamar da média global (24%).

“Os sistemas de saúde, de modo geral, respondem por mais de 4% da emissão global de CO2. Isso é mais do que os setores da aviação ou do transporte marítimo. Ter esse aumento significativo, em um ano, de profissionais preocupados com a sustentabilidade é animador, pois a Philips acredita que para que as pessoas sejam verdadeiramente saudáveis, elas precisam de um mundo saudável para viver”, comenta o Dr. Szwarc.

A importância e o poder dos dados

Os líderes de saúde estão cada vez mais cientes de que o uso de dados pode melhorar a eficiência dos atendimentos e permitir uma tomada de decisão mais rápida e consciente. No Brasil, 54% dos profissionais reconhecem esses benefícios (vs. 65% globalmente) e concordam que o valor dos dados para suas instalações vale o tempo e os recursos investidos.

“A comunicação entre sistemas para compartilhamento de dados e tomadas de decisão mais efetivas só é possível com a interoperabilidade, que também apoia os caminhos clínicos e operacionais. Isso gera uma economia de tempo e dinheiro aos sistemas de saúde”, explica o Dr. Szwarc.

Apesar do uso de dados estar crescendo no Brasil, os líderes de saúde apontam algumas barreiras à adoção de tecnologias digitais que ainda persistem, como as dificuldades em gerenciar grandes volumes de dados (exposta por 23% dos profissionais) e a de obter dados (25%).

Para mitigar este cenário, 31% dos líderes brasileiros (vs. 22% global) concordam que investir em infraestrutura de tecnologia é fundamental, bem como realocar o orçamento para permitir investimentos (28% Brasil vs. 21% global). Além disso, 36% dos líderes de saúde dizem que melhorar a experiência da equipe por meio de treinamento e contratação de especialistas ajudaria no processo. Por outro lado, apenas 14% dos líderes de saúde brasileiros dizem ter toda a expertise necessária internamente para fazer pleno uso dos dados disponíveis, mas que estão abertos a trabalhar com parceiros externos. Muitos deles já estão colaborando e compartilhando dados com organizações terceirizadas em ambientes clínicos (26%) e operacionais (41%).

“As barreiras para o uso de dados estão diminuindo ao longo do tempo. As questões sobre gerenciamento de dados no Brasil, por exemplo, foram reduzidas de 31% em 2021 para 23% em 2022. É provável que a necessária adoção de tecnologias digitais, como o uso de prontuários digitais e telessaúde durante a pandemia, tenha eliminado alguns desses obstáculos, tanto em termos de tecnologia quanto do ponto de vista da equipe e do paciente”, explica o Dr. Szwarc.

Atualmente, os líderes de saúde brasileiros veem outros hospitais ou unidades de saúde (48%) como um de seus parceiros mais valiosos. A mesma porcentagem (48%) de líderes de saúde cita as empresas de tecnologia da saúde como parceiras de preferência. Líderes de saúde brasileiros, por exemplo, acreditam que unir forças com empresas de tecnologia em saúde pode fornecer a integração de sistemas de tecnologia em suas unidades (34%), acesso a soluções e conhecimentos inovadores (32%) e visão estratégica para o futuro (30%).

Análise preditiva e a diminuição da sobrecarga nos atendimentos

O Brasil está à frente na adoção da análise preditiva. A maioria dos líderes de saúde locais acredita que seu uso pode melhorar a experiência do paciente (75%), melhorar os resultados em saúde (71%), melhorar a gestão da saúde da população (70%) e melhorar a experiência da equipe (66%).

Quando o assunto é investimento, os líderes de saúde brasileiros estão investindo fortemente em IA. Metade dos hospitais ou instalações de saúde locais já adotaram tecnologias de análise preditiva, com 42% atualmente em processo de fazê-lo ou planejando adotar a análise preditiva nos próximos 3 anos. Isso coloca o Brasil muito à frente da média global, com o percentual daqueles que já trabalham com análise preditiva (66%) significativamente maior que a média global (56%).

“No nível clínico, a análise preditiva pode ajudar os profissionais de saúde a melhorar a experiência do paciente, reduzir o custo do atendimento e melhorar os resultados de saúde. Operacionalmente, a análise preditiva equipa os sistemas de saúde com a capacidade de identificar tendências e formar previsões, o que pode aliviar parte da carga administrativa”, explica o Dr. Szwarc.

O Future Health Index 2022 retrata um setor que passou por uma drástica transformação nos últimos anos, que acelerou rapidamente nos últimos 12 meses. Especificamente, os líderes indicaram três prioridades principais a partir de 2022:

1. Melhorar a experiência da equipe por meio do aumento do treinamento em tecnologias de saúde digital, a fim de auxiliar na sobrecarga por processos centrados em dados e deixar o time mais pronto para adotar novos fluxos de trabalho. Também esperam contar com parcerias entre governos, reguladores e da indústria como um todo para melhorar as condições de trabalho em geral.

2. Superar a diferença entre a promessa da análise preditiva e o uso atual. À medida que mais organizações colhem as recompensas de insights gerados por máquina em configurações clínicas e operacionais, como melhor tomada de decisão aprimorada e redução de encargos administrativos, o profissionais esperam ver um aumento na demanda por mentorias ponto a ponto entre os adotantes iniciais e tardios, bem como como parcerias estratégicas com empresas de tecnologia em saúde, agilizando todo o setor.

3. Lidar com ameaças à segurança de dados de saúde: o relatório deste ano mostrou como iniciativas como o Espaço Europeu de Dados de Saúde podem ser eficazes para lidar com essas preocupações. No entanto, o futuro da segurança de dados de saúde dependerá tanto de iniciativas educacionais para líderes quanto de fornecedores que sigam os princípios de segurança por design — infundindo segurança desde o design e desenvolvimento de produtos por meio de testes e implantação, com políticas e procedimentos robustos para monitoramento, atualizações e gerenciamento de resposta a incidentes, como tem sido prática padrão em outros setores, como serviços financeiros.

“Em vez de continuar se concentrando apenas na pandemia, vemos os líderes do setor de saúde mudando radicalmente suas prioridades para atender às novas realidades da gestão médica”, conclui o Dr. Eli Szwarc.