Mais do que remédios, serviços. Essa é nova demanda dos consumidores da indústria farmacêutica, segundo identificou um estudo divulgado esta semana pela consultoria Accenture. Foram ouvidas duas mil pessoas nos EUA, entre pacientes crônicos, em tratamentos rápidos e usuários de medicamentos relacionados a estilo de vida (como obesidade ou tabagismo).
Estes consumidores gostariam de obter mais informações e ajuda para entender e gerenciar melhor os tratamentos a que se submetem. Isso não significa que o nível geral de satisfação com os serviços atualmente disponíveis seja baixo 80% deles aprovam as informações prestadas sobre produtos -, mas há uma demanda por outros serviços e benefícios.
Por exemplo: 53% deles gostariam de mais informações sobre os produtos que consumem, 51% esperam maior assistência financeira e 63% gostariam de ter programas de benefícios. Acompanhamento e alertas (35%), acesso a fóruns de discussão (29%) e suporte de enfermeiros por telefone (26%) também foram serviços citados.
Três em cada quatro pacientes ouvidos (76%) concordam que as farmacêuticas são responsáveis por prestar informações e serviços que os ajudem com os tratamentos. Quase a mesma proporção (74%) acredita que o melhor momento para receber essa assistência é quando o tratamento começa, embora metade deles (50%) considere o momento ideal quando ocorre a troca de uma medicação.
Segundo Ramon Garcia, gerente sênior da área de saúde da Accenture, o estudo identificou que pacientes usuários de medicamentos de longa duração são os que apresentam maiores oportunidades de incorporar serviços adicionais.