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Núcleos Ambulatoriais – O que precisa saber sobre essa estratégia que vem ganhando cade vez mais o Mercado de Saúde Brasileiro

Apesar de já ser uma estratégia amplamente utilizada no mercado americano há muitos anos, estamos acompanhando, principalmente na última década, o surgimento dos núcleos ambulatoriais como soluções essenciais no planejamento dos grandes sistemas de saúde brasileiro.

Diversos fatores tem influenciado o investimento nesses centros e merecem a atenção dos gestores e líderes na área da saúde.

1. Centros Hospitalares Urbanos. Grande parte dos principais centros hospitalares no Brasil estão inseridos dentro do contexto urbano. E a realidade das grandes metrópoles brasileiras é marcada por grande densidade populacional e escassez de áreas disponíveis para expansão ao redor do complexos hospitalares já consolidados. Além disso, os núcleos de alta complexidade apresentam um custo por metro quadrado extremamente alto que só se justificam financeiramente se suportado por áreas com alto retorno e valor agregado.

2. Aumento da capilaridade. A expansão e diversificação geográfica favorece a captação de novos pacientes, mas a escolha dessas áreas deve ser estratégica assim como o programa a ser oferecido nelas. A multiplicação de pontos de acesso deve ser planejada de forma a evitar a replicação desnecessária de recursos e favorecer a composição sistêmica. A partir do momento que existe o entendimento do negócio como um sistema interconectado, esses novos centros podem servir como pulmão para movimentar departamentos que não precisam estar localizados nos núcleos principais, liberando áreas de expansão extremamente valiosas e melhorando o desempenho geral.

3. Foco em saúde ao invés de doença. Diante de todas as discussões sobre aumento da importância de saúde primária e mudança no modelo de financiamento hoje baseado em serviços para foco em qualidade e gestão, estes centros se apresentam como oportunidades importantes de separação de casos ambulatoriais do contexto hospitalar e sementes de gestão populacional dentro da comunidade. Além disso, este é um modelo que deve evoluir no futuro para os Wellness Centers, centros focados em promoção de saúde, bem estar e prevenção.

4. Crise econômica. Apesar do mercado de saúde ser um dos nichos mais estáveis da nossa economia, ele também foi atingido pela crise no país uma vez que houve queda significativa no poder de compra individual e empresarial, afetando a quantidade de pessoas com acesso a planos de saúde, assim como grande volume de pedidos de downgrade. Os sistemas que apresentavam maior abrangência de mercado tiveram mais oportunidades e fontes de recuperação. Muitos dos que tinham foco mais restrito, passaram a ter como objetivo essa expansão como uma das estratégicas importantes de sobrevivência.

Apesar de apresentar diversos benefícios, cada provedor deve avaliar a aplicabilidade dessa solução à sua realidade. Ferramentas importantes para subsidiar e alavancar essa discussão entre os gestores são o Plano Estratégico, Plano Diretor e Estudo de Mercado.

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