Ora, o Brasil vive há duas décadas uma arrancada econômica, pontuada é certo, como é nossa característica, de avanços e retrocessos. A cereja do bolo é o aumento do número de Brasileiros que deixam a pobreza, ganham acesso à educação, conhecimento, trabalho, alimentação e saúde. Nosso nível de emprego é o maior em muitas décadas. Em retrospectiva, nosso Mercado nunca foi tão atraente nos últimos 35 anos.
No Brasil, gostamos de competir. Queremos aumentar nossa relevância como Nação, como empresários e como cidadãos. Para tanto, é necessário obtermos o direito de influenciar o mundo à nossa volta, através de ações práticas, observáveis e pragmáticas. Somos empresários e temos nosso papel, que é o de fazer crescer nossos negócios e empresas e, assim, ajudar ativamente a desenvolver nosso país, nossa economia e proporcionar oportunidades de aprendizado, aquisição de conhecimento e proliferação da riqueza.
Na prática - porque para nós, empresários, crescer é fundamental?
- O Brasil está crescendo. Os Estados Unidos já retomam controle sobre seu déficit e retornam ao crescimento. Os países que não estão, trabalham duramente para retomar seu crescimento. Se não nos mantivermos crescendo, de modo consistente, reduzimos nossa relevância como país, como empresas e como empresários. Nossos clientes procurarão concorrentes mais relevantes, seremos menos competitivos e atraentes. O Brasil será menos relevante. O custo de capital aumenta. O estoque de capital e crédito disponível para nós se reduz.
- A renda disponível para consumo de bens, serviços, moradia, educação e saúde aumentou. Há mais demanda e consumidores aguardando por empresas que os atendam com disponibilidade de produtos e serviços, de qualidade, a bons preços.
- Empresas que crescem de modo consistente e relevante obtêm prestígio e aumento de confiança da sociedade e da comunidade empresarial, local e internacional. Empresas e empresários com prestígio e estoque de confiança elevados atraem mais facilmente investidores, clientes, pessoas talentosas e crédito a menores preços.
- Os governos oferecem incentivos variados a quem cresce com consistência, das mais variadas ordens.
- O crescimento ajuda a competir local e internacionalmente, pela maior força das marcas, escala, acesso a capital, maior densidade de talento e capacidade de competir na equipe.
- O crescimento organizado e inteligente, resulta em “aumento de escala” – maior receita para o mesmo capital investido, assim como maior lucro – maiores receitas com as mesmas despesas.
- O crescimento continuado e consistente, conduzido de modo deliberado e organizado, resulta em aumento da lucratividade, da geração de caixa e do valor de mercado de um negócio, o que aumenta a probabilidade de sua sobrevivência continuada.
Esse é o primeiro de uma séria de 6 a 8 artigos, que convencionamos denominar Manifesto pelo Crescimento, onde nos propomos a conversar, entre outras, sobre as seguintes questões:
- “Tipos” de crescimento e quais são convenientes, em quais circunstâncias
- Produtos existentes para os clientes existentes
- Produtos existentes para novos clientes
- Novos produtos e serviços
- Novas abordagens de atendimento e entrega
- Novas geografias
- Alterando a estrutura da indústria
- Entrando em novos negócios
- Como, na prática, adquirir o “direito de crescer”
- Como crescer, a que riscos – crescimento orgânico, via alianças, participações minoritárias, joint ventures, aquisições
- Como me organizo para crescer?
- Há restrições. Quais são, o que fazer?
- Com que tipo de pessoas me junto para crescer?
- Por onde começo e como evoluo ao longo do tempo?