Em sua visita ao Brasil, conseguimos entender um pouco sobre o foco da empresa no Brasil e no mundo e mais sobre os produtos-foco da organização.
Thijs comentou sobre três áreas que considera tendência e que têm importância significativa para a Agfa:
- Radiografia Direta: Aqui, a ideia é processar as imagens sem o uso das placas de filme ou do processo de revelação. Nos EUA, segundo Luc, 45% dos exames ainda são em Raio-X e, na Europa, este número pode chegar a 60-70%. Ou seja, ainda há bastante espaço para crescimento e conversão. De acordo com um estudo realizado pela Frost&Sullivan chamado Raising the Bar by Lowering the Dose , a plataforma de radiografia direta da Agfa HealthCare foi reconhecida como o melhor produto disponível no mercado.
- Enterprise Imaging: O problema, segundo Luc Thijs, é que a maior parte dos EMRs foram criados sem considerar a informação multimídia. O produto começou na área de radiologia e hoje já aborda diferentes áreas da instituição, chegando, inclusive, a entrar em contato com os pacientes através dos portais de comunicação dos hospitais. Então, a habilidade de armazenar, acessar e trocar imagens em múltiplos serviços promete modernizar todo o cenário de imagem.
- Enterprise Content Management: Este é o primeiro passo, segundo Luc, para que os hospitais se tornem paperless. É um sistema para gerenciamento de conteúdo, independentemente da mídia utilizada (papéis, filmes, imagens radiográficas, etc) e facilita a implementação, por exemplo, de um prontuário eletrônico, integrando a comunicação “legada” à entrada no digital.
Ao longo dos 26 anos na AGFA Healthcare, Luc comentou um pouco sobre os aspectos que mudaram drasticamente desde o início. Os três principais, segundo o executivo, seriam a transparência do setor - e a cobrança de todo o sistema para que as organizações continuem sendo, cada vez mais, transparentes; a valorização e centralização do paciente no cuidado e o foco na produtividade.
Além disso, o executivo aposta na Integração como a próxima tendência para o setor. “O cuidado vai extrapolar as instituições”. Para ele, desde o momento do diagnóstico até o tratamento, diferentes players vão interagir com o paciente e, cada vez mais, isso vai requerer diálogo entre os stakeholders e integração de informação.
Ao ser perguntado sobre a situação político-econômica do Brasil, Luc disse: “Eu morei no Brasil por três anos e acredito muito neste país. Eu vi o quão rápido o país conseguiu se reerguer depois da instabilidade cambial da época e, depois disso, vi muitos anos de crescimento do PIB. E acredito que, quando um negócio não está bom, você deve investir internamente e se preparar para os próximos momentos. Ou seja, se você acredita nos fundamentos de uma nação, você não deixa de investir nos momentos de retração. Assim, quando a economia voltar, você está pronto - e continua.”