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Liquidante avalia se Samcil vai à falência ou se ativos serão vendidos (Valor Econômico)

Em regime de liquidação extrajudicial desde junho, a operadora de planos de saúde Samcil deve ter o seu o destino definido daqui cerca de cinco meses. Nesse período, será decidido se a Samcil vai à falência ou entra em autoliquidação.

No caso de autoliquidação, tenta-se vender ativos para pagar as dívidas. "Estamos analisando se o ativo cobre o passivo para tomar uma decisão. Ainda há muito trabalho pela frente porque é um caso complexo", explicou Sidnei Christo, liquidante nomeado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e responsável pelo processo na Samcil.

Normalmente, quando o passivo é superior ao ativo decreta-se a falência da empresa. As dívidas da operadora somam aproximadamente R$ 330 milhões. Nesse montante, estão incluídos, por exemplo, débitos com bancos, fornecedores e passivos trabalhistas.

A Samcil tem como ativo cerca de sete hospitais, que poderiam render entre R$ 200 milhões e R$ 450 milhões com a venda, segundo José Roberto Mazetto, advogado da Samcil. Porém, seis hospitais tinham sido colocados como garantia de empréstimos bancários. "Até o fim de maio estávamos negociando a venda desses hospitais para pagar as dívidas. Mas fomos surpreendidos com a decisão da ANS de liquidação extrajudicial. Com isso, tudo foi interrompido", explica Mazetto.

Dos sete hospitais da Samcil, o mais bem avaliado é o Panamericano, localizado em Alto de Pinheiros, bairro nobre de São Paulo. Segundo o Valor apurou, os hospitais Albert Einstein e São Luiz chegaram a analisar o Panamericano.

Em maio, a GreenLine comprou a carteira de clientes da operadora que contava com 280 mil beneficiários. Desse total, 193 mil beneficiários eram da Samcil e 87 mil pertenciam à Serma, plano de saúde adquirido pela Samcil em 2008. O valor da negociação ficou entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões.

Até 2008, a Samcil se posicionava como um grupo consolidador na área da saúde. Nos últimos três anos, porém, vinha apresentando prejuízos seguidos. Em abril, o fundador da Samcil Luiz Roberto Silveira Pinto foi encontrado morto em seu escritório. A polícia registrou o caso como suicídio.

Fonte: Beth Koike, Valor Econômico, 10/08/2011