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Ibope/IESS: Plano de saúde é decisivo na escolha do emprego

Pesquisa realizada a pedido do IESS destaca, ainda, que benefício é o 3° maior desejo do brasileiro, atrás de educação e casa própria

Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) revela 95% dos brasileiros consideram o plano de saúde um fator decisivo para escolher entre um emprego e outro. De acordo com a pesquisa, 79% dos brasileiros consideram este um fator “muito importante” e 16% o consideram “importante”.

Além de ser fundamental para escolher qual emprego aceitar, o plano de saúde é o terceiro bem mais desejado pelos brasileiros. Segundo o Ibope, os únicos bens mais desejados do que plano de saúde são educação e casa própria.

Apesar de o benefício ter permanecido como o 3° mais desejado pela população, mesma posição que ocupava na pesquisa anterior, realizada em 2015, cresceu a proporção de brasileiros que classifica o plano de saúde como um dos bens mais importantes: em 2015, 53% da população que não contava com o benefício tinha essa percepção; Agora, são 57%. Da mesma forma, o total de brasileiros não beneficiários que classificam o plano de saúde como o bem mais importante e desejado subiu de 13%, em 2015, para 16%, este ano.

O Ibope aponta, ainda, que entre os brasileiros que já contam com o benefício, ele é ainda mais valorizado do que por aqueles que não o têm. Considerando apenas os beneficiários de planos de saúde, a posse do plano também é o terceiro bem mais desejado, de acordo com 67% dos entrevistados. Contudo, o montante de beneficiários que colocam o plano como o bem mais importante, à frente da casa própria e educação é de 18%.

Outra diferença constatada pela pesquisa é que enquanto os não beneficiários consideram mais importante educação e, em seguida, a casa própria, para os beneficiários de planos de saúde a ordem é inversa: o bem mais desejado é a casa própria e, depois, educação.

O IBOPE Inteligência ouviu, entre abril e maio, 3,2 mil pessoas entre beneficiários e não beneficiários em oito regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Brasília e Manaus). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Motivos do desejo

Entre os entrevistados que não têm plano de saúde, 50% afirmam que já possuíram o benefício em algum momento (sendo 20% de planos individuais e 30% de planos coletivos empresariais – aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores). Para 89% dos não beneficiários, é “importante” ou “muito importante” ter um plano e 74% gostariam de possuir o benefício.

Os principais motivos para desejar contar com o benefício são: a qualidade e agilidade no atendimento, com disponibilidade de bons médicos e hospitais; comodidade e conforto; e a precariedade da saúde pública. O principal motivo apontado para não contar com o plano é o preço, seguido por falta de necessidade.

Hábitos e cuidados com a saúde

Beneficiários de planos de saúde e não beneficiários apresentam hábitos bastante distintos de cuidado com a própria saúde, de acordo com a pesquisa. Enquanto 42% dos beneficiários fazem consulta por rotina ou prevenção, apenas 25% de quem não tem plano. A proporção daqueles que utilizam os serviços de saúde apenas quando acredita que é extremamente necessário ou emergencial também apresenta uma ampla diferença: apenas 12% dos beneficiários se enquadram nesse grupo; já entre os não beneficiários, a incidência foi de 24%.

Além de irem a consultas com mais frequência, os beneficiários também realizam mais exames de rotina. Entre os brasileiros que contam com um plano de saúde, nos últimos 12 meses, 81% mediram a pressão arterial, 69% mediram os índices de glicemia, 72% o colesterol e 70% o triglicérides. Entre o os não beneficiários, os números são notadamente menores: 69% mediram a pressão, 48% a glicemia, 46% o colesterol e 43% o triglicérides.

Além disso, entre as mulheres que contam com o benefício, 71% fizeram Papanicolau, 64% fizeram o autoexame de mama e 51% passaram por uma mamografia; enquanto entre as não beneficiárias, 55% fizeram Papanicolau, 46% realizaram o autoexame de mama e 36% passaram por uma mamografia. Já entre os homens, 28% dos que contam com plano de saúde fizeram exame de próstata enquanto, entre os que não contam com o benefício, apenas 16% realizaram o exame.

O IBOPE ainda destaca que 8% dos beneficiários e 14% dos não beneficiários admitem nunca seguir as recomendações médicas quanto a hábitos de vida, como alimentação e exercícios.