As exportações brasileiras de dispositivos médicos registraram um aumento significativo de 22,3% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023, alcançando um valor total exportado de US$ 247,6 milhões. Este montante engloba uma variedade de 190 produtos, como válvulas cardíacas, sacos e bolsas de plástico para uso médico, artigos ortopédicos, categutes esterilizados, e pensos adesivos, entre outros.
Principais setores e destinos internacionais
Os Estados Unidos mantêm-se como o principal destino dos dispositivos médicos brasileiros, destacando-se pelo grande mercado consumidor e pela demanda por produtos de alta qualidade e tecnologia avançada. Além disso, países da América Latina, como Argentina, México, Colômbia e Chile, representam 40% do total de aquisições de produtos brasileiros. A presença da Europa também é relevante, com a Bélgica emergindo como o terceiro principal destino das exportações nacionais, conforme observa Larissa Gomes, gerente de Projetos e Marketing Internacional da ABIMO.
Impacto do Brazilian Health Devices
O Brazilian Health Devices (BHD), um projeto setorial da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos) em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), também registrou um crescimento expressivo nas exportações das empresas participantes durante os primeiros três meses de 2024, com um aumento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. No total, essas empresas exportaram 111 produtos para 108 países, totalizando US$ 27,4 milhões, representando 11% do total de dispositivos médicos exportados pelo Brasil, segundo dados da ApexBrasil.
A vertical médico-hospitalar foi a maior contribuinte para este resultado positivo, respondendo por dois terços das exportações totais e apresentando um crescimento de mais de 26%. Este desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento nas vendas internacionais de equipamentos médicos, que sozinhos somaram US$ 34,4 milhões. Em seguida, o segmento de reabilitação cresceu 21,11%, seguido pelos setores de Odontologia (+13,8%) e laboratório (+10,6%).