Levantamento realizado pela Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, revela que o consumo de papéis sanitários no Brasil, em 2016, foi de 1,121 milhão de toneladas, o que corresponde a crescimento de 2% em relação ao ano anterior, e mais de cinco pontos percentuais acima do PIB brasileiro. No ano, o consumo per capita do brasileiro foi de 5,4 quilos. Embora esse volume represente um aumento de 30% desde 2010, o consumo de tissue no Brasil ainda está abaixo de países como Chile (12 kg/ano/hab) e Estados Unidos (25 kg/ano/hab).
“A crise econômica freou o segmento tissue, que avançou em um ritmo menor em 2016, se comparado à média dos últimos dezesseis anos, que foi de 3,7% ao ano. Ainda assim, teve desempenho melhor do que o consumo de papel como um todo – que ficou praticamente estagnado em 2016 – e bem à frente do PIB brasileiro, que recuou 3,6%”, avalia Manoel Neves, gerente de Estudos Econômicos da Pöyry, ao afirmar que o mercado de papéis sanitários deve manter desempenho semelhante em 2017.
Os resultados verificados pela consultoria confirmam a existência de uma forte correlação entre os níveis de renda e o consumo de papéis sanitários, e são compatíveis com o processo de urbanização e o aumento do padrão de consumo da população brasileira, que pode ser verificado, inclusive, pelo pequeno decréscimo registrado nos últimos dois anos.