Sustentabilidade sempre foi um pilar direcionador para as ações da Dasa. A sustentabilidade no sentido mais amplo possível: a sustentabilidade econômico-financeira, o impacto no meio ambiente e, pela natureza de seus negócios, contribuir para o desenvolvimento de um modelo de saúde mais sustentável.
Como reconhecimento desse compromisso, a empresa passou a integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. Com vigência até dezembro de 2023, o índice funciona como uma carteira teórica de ativos, ou seja, é indicador do desempenho médio das cotações das ações das empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial.
É esse o cenário que a executiva Nelcina Tropardi ingressa como nova diretora Jurídica, de ESG, Relações Governamentais e Auditoria Interna da Dasa.
Com mais de 25 anos de experiência em assuntos jurídicos e corporativos em multinacionais no Brasil e na América Latina, como Unilever, Pirelli, Diageo e Heineken e larga experiência em Direito, Assuntos Corporativos, Sustentabilidade, Ética e Compliance, Nelcina vê sua atuação na saúde um caminho de realização e bons desafios.
A Dasa passou a integrar o Índice de Sustentabilidade da B3, qual é a importância e o impacto disso dentro da organização?
Essa conquista é muito importante. Já temos esse modelo de negócios para mitigar nossos impactos e isso vai permitir que os benefícios sejam maiores. A gente tem ESG muito dentro da organização, comparando com outros setores que já passei, este olhar está muito mais disseminado nas decisões de negócios. O ISE é como se fosse um reconhecimento do que a gente pratica.
Com a experiência de mercado que tem é a primeira vez que atua no setor de saúde. Como é essa experiência para você? Qual é a sua visão sobre o ESG nessa área?
É como eu se tivesse me preparado a vida inteira para atuar nessa área. Tem muitos desafios no setor, a pandemia deixou muito claro que o modelo precisa ser repensado, revisto. O principal ponto é tratar só o doente, a prevenção é a chave. Estou muito feliz de ter chegado nesse sentido. Fiz um ano sabático, e como meta de vida, um dos setores que gostaria de trabalhar era o de saúde. É bom ter chegado.
No relatório de sustentabilidade da DASA, muitas ações já são destacadas assim como projetos futuros. E há um amadurecimento dentro da organização sobre o tema. Quais são os próximos passos nessa área, e quais os grandes desafios?
Pretendemos continuar com a estratégia de ESG e com os projetos em desenvolvimento. Temos uma tradição maior em medicina diagnóstica e estamos nos posicionando cada vez na área de hospitais, segmento que tem grandes desafios. Somos uma das únicas redes que mede o desfecho clínico nos hospitais. Não estamos só preocupados com a segurança e qualidade do paciente, mas se deu certo o tratamento e com isso ele não vai voltar seis meses depois, porque o cuidado que ele recebeu não foi satisfatório. É a sustentabilidade a longo prazo, que se conecta com ESG. E isso está muito integrado à estratégia da empresa. Vamos continuar com todos os projetos e manter essa toada, nos aperfeiçoando para entregar cada vez mais saúde baseada em valor.
Quando falamos de ESG na saúde, o S tem um peso maior por haver maior pressão da sociedade, pela natureza do negócio, e pelos desafios que o setor tem, como altos custos e pouco acesso. Como você avalia isso? A Dasa tem projetos nesse sentido?
A Dasa tem uma série de projetos nessa área. Atuar em prevenção, e em saúde baseada em valor, com os desfechos e o monitoramento. Outro projeto bem interessante é o Genov, que foi criado em 2021 para gerar o maior banco genômico privado do Brasil. Acompanhamos e conhecemos a evolução genética do Sars-CoV-2 em tempo real no País por meio do sequenciamento de 30 mil genomas completos em um ano. Informação e dados são itens relevantes na gestão do segmento de saúde. São alguns exemplos de atuação para transformar a saúde.
Para você que tem mais de 25 anos de experiência na área, em outros segmentos, como você avalia a evolução do tema no mercado e para onde precisamos evoluir nesse segmento?
Acredito como profissional que a agenda de ESG veio para ficar, é uma questão das empresas entenderem e pensarem as ações com essa conexão ambiental e de governança. Era uma tendência que a gente já via fora do Brasil, agora já está indiscutivelmente no país, a bolsa com essa carteira ratifica isso. Vi uma entrevista do presidente do CVM em que ele falava sobre monitorar o não só o greenwashing, mas o greenwishing, monitorar as empresas que falam que vão fazer. Nossos reguladores no Brasil estão preocupados com essa agenda. Não é uma tendência, é uma necessidade. Faz parte da evolução do sistema capitalista de stakeholders e tem que medir.
Projetos sustentáveis da Dasa
Energia renovável: além de aderir ao Pacto Global da ONU e ter muitos projetos em andamento, um dos que chamam a atenção é a construção de 17 usinas solares no modelo autoconsumo remoto para atender 385 unidades próprias da Dasa Diagnósticos. Essas usinas visam atender as unidades de baixa tensão, que não se enquadram no projeto de migração para adquirir energia renovável em Ambiente de Contratação Livre (ACL), conhecido como Mercado Livre. Desde 2019, a Dasa Diagnósticos totalizou 63 unidades migradas, o que corresponde ao consumo aproximado mensal de 7,304 MWm.
Hospital sustentável: em 2017, o Hospital Nove de Julho conquistou a certificação de Leed da United States Green Building Council, porque o prédio foi feito de forma sustentável. Apenas 3% dos hospitais, no Brasil, têm a certificação. Ainda no Nove de Julho, em 2020, começaram a ser utilizados aventais reutilizáveis, de tecido de hidrorepelência e com um chip, que permite rastreamento: foram 1,7 milhão de aventais economizados em 2 anos de pandemia.
Compromissos: em junho de 2022, a Dasa aderiu ao programa Compromisso com o Clima, em parceria com o Instituto Ekos, para fomentar a economia de baixo carbono no Brasil. Em dezembro, a Dasa também firmou compromissos públicos junto ao Pacto Global da ONU com o objetivo de fortalecer ainda mais a sua agenda ESG. No primeiro deles, alinhado ao Movimento Elas Lideram 2030, a Dasa se compromete a incrementar o número de mulheres em cargos de liderança em 50% até 2030. No segundo, que faz parte do Movimento Raça é Prioridade, a companhia se compromete a impulsionar a equidade racial, garantindo que 50% dos cargos de liderança sejam exercidos por pessoas negras.