Para dar conta da demanda, a EDS montou seu complexo hospitalar na Comunidade de Yauaretê. O local escolhido abrigou um antigo seminário construído em 1930 pelos salesianos. O espaço tinha a capacidade de oferecer infraestrutura e facilidade de deslocamento das equipes de saúde e pacientes, moradores das regiões às margens do Rio Waupés, Alto Rio Negro-AM.
Uma expedição como essa envolve ainda uma complexidade de planejamento e recursos. Os desafios são muitos, mas os resultados angariam cada vez mais apoiadores à iniciativa. Desde 2015, a ePharma contribui para a realização dessa expedição, ímpar no atendimento às demandas de saúde da população indígena brasileira.
Para a 38ª. edição, a ePharma foi além da contribuição financeira e disponibilizou duas farmacêuticas, que participaram voluntariamente desse trabalho. Bruna Semendri De Vivo e Giuliana Taquemoto Brito puderam contribuir para o atendimento aos indígenas na dispensação de medicamentos para as cirurgias e pacientes.
Depois de oito dias de muito trabalho em uma região carente de recursos na área de saúde, os resultados compensaram os esforços. Foram realizadas 364 cirurgias, 2.963 consultas e 5.455 exames e procedimentos. “O clima entre as pessoas é de muita solidariedade”, conta Burna.
Um dos desafios foi enfrentar as diferenças culturais e, em alguns casos, foi preciso a ajuda de intérprete para orientar o uso do medicamento prescrito pelos médicos. Em outros, utilizar desenhos também ajudou. “Tivemos que nos adaptar à linguagem deles”, revela Bruna.
Para Giuliana, a expedição trouxe muitas surpresas e aprendizagem. Uma delas foi deparar com a organização: “As pessoas que já tinham cumprido suas tarefas durante o dia também vão para outras atividades para ajudar outros profissionais”.
O trabalho da expedição não terminou com o regresso. As duas profissionais estão aplicando a expertise da ePharma na padronização da base de medicamentos para dispensação. Segundo Giuliana, essa organização vai ajudar nas outras expedições.
Além das fotos, as profissionais trouxeram ainda muitas lembranças e lições dessa expedição. “A gratidão daquelas pessoas muda a nossa vida”, revela Bruna. O prazer de ajudar o próximo também é um sentimento que elas compartilham. “É saber que você foi para um lugar e ajudou a mudar a história de uma comunidade”, revela Giuliana.
A próxima expedição deverá ser realizada em junho deste ano e a ePharma vai continuar contribuindo com a ONG. “Os Expedicionários da Saúde têm um papel insubstituível no atendimento à população indígena brasileira. Queremos continuar parceiros dessa iniciativa pioneira, que mostra que é possível oferecer melhores condições de saúde para esses moradores da região amazônica”, afirma Marcos Inocencio, diretor Corporativo da ePharma.