O setor de planos de saúde e dental registrou lucro líquido de R$ 1,27 bilhão no primeiro trimestre, o que representa uma ligeira queda de 0,7% em relação ao valor de R$ 1,28 bilhão registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O resultado do setor é reflexo do desempenho das operadoras de planos de saúde, uma vez que o lucro do segmento caiu 2,43% entre janeiro e março, para R$ 1,2 bilhão. Já os planos odontológicos apresentaram um aumento de 75% no resultado final, que somou R$ 70 milhões. Esse resultado não engloba as operadoras de planos dentais com menos de 20 mil beneficiários, que podem enviar seus resultados à ANS apenas no último trimestre do ano.
Na Bradesco Saúde, segunda maior empresa de convênio médico do país, por exemplo, o lucro líquido no primeiro trimestre caiu 25%, ficando em R$ 151 milhões.
A receita bruta do setor aumentou 12%, atingindo R$ 22,4 bilhões. Deste total, R$ 21,9 bilhões são provenientes dos convênios médicos e o restante, de planos odontológicos. Os custos com pagamento para médicos, dentistas, hospitais e clínicas somaram R$ 18 bilhões, o que equivale a uma alta de 16%.
Os dados são referentes a 724 operadoras de planos de saúde e dental e representam 75% dos 64,4 milhões de beneficiários com convênio médico ou dental em março. No total, o mercado conta com 1 mil operadoras ativas. Mas, de acordo com a agência reguladora, nem todas companhias enviam sistematicamente seus dados econômicos.
O estudo da ANS mostra ainda que, no primeiro trimestre, o endividamento das operadoras de planos de saúde era R$ 3,13 bilhões e das empresas de plano odontológicos ficou em R$ 1,27 bilhão. A sinistralidade variou de 0,78% a 0,80% entre os convênios médicos e 0,37% a 0,63% nos planos dentais.
Fonte: Beth Koike,Valor Econômico, 08/12/2012