Um centro médico acadêmico americano, chamado Allegheny Health Network, na Pensilvânia, começou um estudo piloto de telemedicina, com o objetivo de descobrir se a conexão de pacientes com profissionais de saúde via iPad pode substituir a admissão hospitalar via ambulâncias.
O diretor do Bureau of Emergency Medical Services do Departamento de Saúde da Pensilvânia, Richard Gibbons, disse em um comunicado sobre os benefícios da telemedicina para pacientes, que permite o acesso aos médicos, que podem ver, falar, e até tratar o enfermo de forma remota. ''Estou muito excitado com o potencial desse programa e feliz de ver que isso está acontecendo em um hospital comunitário como o Allegheny Valley''.
A tecnologia já foi testada em uma mulher de 59 anos com diabetes ligou para o serviço de emergência após sofrer de ansiedade, suores e tremores. A equipe de emergência deu a ela suco de laranja e uma solução de glicose e, após a intervenção, ela decidiu que não precisava mais de admissão hospitalar. Os paramédicos deram um iPad para ela, que teve uma consulta via telemedicina e foi liberada para ficar em casa.
Os serviços de telemedicina do Allegheny podem servir de exemplo para outras instituições que, ao usar da tecnologia, evitariam a admissão hospitalar desnecessária, economizando verbas.
O software usado no projeto também pode ser aplicado em outros casos, como por exemplo de acidente vascular cerebral, já que um médico pode diagnosticar a condição por vídeo de forma tão segura quanto faria pessoalmente. O profissional pode ainda tomar decisões rapidamente sobre o tratamento do paciente, principalmente se há ou não a necessidade de admissão hospitalar.
''Isso pode também ajudar o médico a determinar se o paciente pode ser tratado em um hospital comunitário, ou se ele precisa ser transportado para um destino que ofereça cuidados especializados, como um centro de AVC'', disse em um comunicado Robert J. McCaughan, vice presidente de serviços de tratamentos pré-hospitalares do Allegheny Health Network. Ele completou, dizendo que a telemedicina é um componente de rápido crescimento no sistema de saúde dos Estados Unidos e que esse tratamento pré-hospitalar é somente o começo de como a tecnologia pode ser usada no sistema de saúde no futuro.
Para que um paciente use a medicina remota para evitar admissão hospitalar, ele precisa estar consciente e alerta, tendo a capacidade de dar uma aprovação verbal para o tratamento. Mesmo que a tecnologia seja promissora, no Brasil ainda há uma legislação restrita referente ao uso da telemedicina.