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"Apple Watch terá sucesso se investir em sensores para saúde"

Para especialistas da Canalys, apenas colocar funções de smartphones ou mesmo visualização de fotos não faz sentido

O dispositivo da Apple ainda nem chegou ao mercado e já suscita debates em torno dele. Muitos acreditam que o mercado de vestíveis comece a decolar a partir do momento em que o aparato da fabricante passe a ser vendido, o que deve acontecer apenas em 2015. Mas números de mercado já mostram que as oportunidades em torno disso devem ser grandes. A Canalys projeta apenas para esse ano uma venda de 8 milhões de relógios e pulseiras inteligentes. Mas para o presidente da empresa de pesquisas e análises, Steve Braizer, o device da Apple, embora deva acelerar o mercado, precisa ser observado com mais atenção.

Braizer lembrou que o aparelho deverá chegar com diversas funcionalidades, muitas delas comuns aos smartphones, como visualização de mensagens e fotos. “Mas elas são realmente necessárias?”, provocou o CEO, na abertura do Canalys Channels Forum Latin America, que acontece no Rio de Janeiro. "Acredito que a Apple pode ter sucesso mas por conta de funcionalidades ligadas à saúde, o que não virá na primeira versão.”

Para o especialista, é esperado que a partir da segunda versão do relógio, a fabricante inclua sensores para, por exemplo, medir glicemia, além de outros dados de acompanhamento importante. Ele entende ainda que o forte ecossistema de desenvolvedores deve impulsionar ainda mais o sucesso da fabricante neste setor, assim como aconteceu com iPhone e iPad.

Chris Jones, analista e cofundador da Canalys, frisou que as oportunidades do segmento de vestíveis são imensas e que as vendas devem dar um salto com a entrada da Apple, ainda que o preço inicial do relógio da fabricante deva ser de US$ 350, bem acima dos praticados pelos fornecedores que já estão com seus produtos em prateleiras. Jones informou ainda que espera ver um avanço não apenas nas funcionalidades ligadas à saúde como também na bateria. “Ficamos surpresos quando, na demonstração, eles deixaram claro que teria que carregar o dispositivo todas as noites, achávamos que a bateria duraria ao menos três dias.”

*O IT Forum 365 viajou ao Rio de Janeiro a convite da Canalys