A partir da tendência de crescimento dos aplicativos na área de saúde e bem-estar, mercado que já disponibiliza mais de 13000 opções, a Ford iniciou estudos para encontrar compatibilidade entre os serviços oferecidos e a plataforma por eles utilizada. O resultado foi o lançamento do aplicativo Allergy Alert para o sistema multimídia Ford SYNC Applink.
O aplicativo permite que o motorista verifique, a partir da conexão de smartphones e tablets no carro, a presença de pólen e alguns índices de risco para asma, gripe e raios ultravioleta. Tudo isso pode ser conferido por comando de voz, sem que o motorista tire sua atenção da direção. A ferramenta já está disponível em dez veículos Ford do ano de 2012, como Ford Fusion, Fiesta e F-150.
Para os que sofrem de alergias sazonais, cerca de 20% da população americana, segundo estudos, é um desafio ter informações sobre o nível de pólen em cada local e como a condição do ambiente pode afetar a saúde.
"O pólen afeta cada pessoa de forma diferente e o aplicativo da IMS foi desenvolvido especificamente para ajudar pessoas no trânsito a aumentar sua qualidade de vida.", diz Dan Barton, chefe de desenvolvimento de produto da IMS Health nos Estados Unidos.
"Nós procuramos criar o carro que cuida", diz Gary Strumolo, gerente global de Pesquisa e Inovação da Ford. "Nós queremos quebrar o paradigma de que, no carro, sistemas como SYNC só podem ser utilizados para propósitos de entretenimento e informação. Saúde e bem-estar são problemas-chave para nossos consumidores fora do veículo e, por isso, nós queremos alavancar nossa plataforma para melhorar o tempo deles atrás do volante."
A Ford está estudando outras ferramentas em saúde para o carro. Este foi o primeiro lançamento, mas há estudos, desde 2009, para desenvolvimento de assento com monitoramento cardíaco, já que motoristas com problemas cardíacos são 23% mais propensos a envolvimento em acidentes de carro, segundo pesquisa.
Nos testes iniciais, o assento registrou leituras precisas em 98% do tempo de condução em 95% dos motoristas. Os pesquisadores continuam estudando como sensores podem ser desenvolvidos para gravar sinais através de um maior número de materiais, incluindo aqueles que interrompem as leituras com a sua própria atividade elétrica.
Outro protótipo desenvolvido remete a dispositivos conectados com aparelhos medidores de glicose, capazes de monitorar e informar através de avisos sonoros e gráficos no painel, podendo ter os medidores instalados no motorista ou em qualquer passageiro.
Nathália Nunes
Colaboração: Medicina Jr.