Em vigor desde o dia 1º de agosto, as novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitem a realização de exames de análises clínicas em farmácias no Brasil, mas também em clínicas particulares e consultórios isolados. Agora, brasileiros terão à disposição nesses estabelecimentos diversos tipos de exames, desde os mais simples e conhecidos, como os que identificam gravidez e diabetes, até alguns mais específicos, como o de PSA (para pesquisa de câncer de próstata), Dengue, Zika, Influenza, e nível de Vitamina D, entre outros. O preço poderá variar de 15 a 100 reais, aproximadamente, conforme o tipo, fabricante e lugar de oferta.
“Para os pacientes, a medida amplia a quantidade de exames e estabelecimentos disponíveis para realização, o que facilita a utilização do serviço e influência na busca por cuidados médicos. Vale destacar que o nível de precisão desses exames é elevado e importante para uma triagem inicial, que deve ser acompanhada por um médico, com auxílio de dados clínicos e outros exames complementares, se forem necessários”, explica Bernardo Almeida, infectologista e diretor médico da Hilab, empresa brasileira de saúde e tecnologia especialista na oferta de exames rápidos, realizados com ajuda de Inteligência Artificial e outras tecnologias.
Para 40% dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a principal dificuldade enfrentada pela população quando o assunto é tratamento médico é o acesso aos exames, de acordo com a pesquisa encomendada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). A expectativa é que a nova medida mude essa realidade. “Os exames laboratoriais estarão mais perto dos pacientes e disponíveis em muitas localidades, inclusive áreas de difícil acesso. Assim, a regulamentação beneficia a população, o setor e os profissionais de saúde, tanto na área pública quanto na privada”, finaliza Bernardo.