Dar transparência aos serviços e preços incluídos na cadeia de fornecimento de produtos para saúde, entre eles órteses e próteses, é o caminho para combater fraudes, utilizar melhor os recursos da Saúde e proteger os pacientes. Esta é a proposta que a ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde) apresentará no 11º Encontro Anual de OPME/DMI, que se realizará no próximo dia 13 de fevereiro (segunda-feira), no Maksoud Plaza, em São Paulo.
A entidade será uma das debatedoras do painel “Modelos de Remuneração”, ao lado de outras entidades. Segundo Carlos Goulart, presidente-executivo da ABIMED, hoje o Brasil privilegia o modelo de pagamento conhecido como “fee for service”, no qual o reembolso é feito pelo número de exames e procedimentos realizados.
“A discussão sobre novas alternativas de reembolso é importante, sobretudo para reduzir desperdícios. No entanto, do ponto de vista ético, da prevenção e combate a fraudes, é necessário também dar transparência a toda a cadeia de fornecimento e saber o que ocorre em cada etapa do processo de comercialização”, explica.
De acordo com a proposta da ABIMED, é preciso conhecer os serviços e preços praticados por todos os elos da cadeia da saúde - indústria, fornecedores, hospitais, profissionais de saúde, planos e de saúde e pacientes. “Só assim”, afirma Goulart, “será possível a todos saber pelo que estão pagando”.