Só nos Estados Unidos, mais de 121.000 pessoas estão esperando por um transplante de órgãos, de acordo com a Rede de Procura e Transplante de Órgãos. A impressão 3-D poderia, então, ter impacto em milhares de vida, reduzir custos gerados pelo tempo de espera dos pacientes e produzir modelos compatíveis com o paciente, diminuindo as chances de rejeição, podendo ser usados para testes clínicos antes com drogas antes de ir diretamente para testes com humanos, dentre outras funções.
A New Magazine entrevistou o Dr. Daniel Kraft, da Exponential Magazine, sobre o panorama da impressão de órgãos e o infográfico deste post é sobre esta visão. Na estrutura atual, as impressões podem ser usadas em implantes, instrumentos cirúrgicos, ortodontia, medical devices, ortopedia, próteses, tecidos cutâneos e outros.
Para o implante, bioengenheiros e médicos da Cornell criaram uma orelha artificial que parece e age como uma orelha humana, podendo ser implantada em crianças que nascem com microtia, doença congênita onde a orelha externa é subdesenvolvida.
Um time da Wake Forest University criou uma impressora que reconstrói tecido humano, tratando queimaduras com tecido compatível com o do próprio paciente, e pode até realizar impressão de órgãos completos. Atualmente, os tecidos usados para esse tipo de correção vem de doadores ou de camadas do próprio paciente, mas as técnicas não são tão bem sucedidas e, dependendo do tamanho da área para reposição de tecido, o procedimento fica bastante complexo com cicatrizes grandes e podendo diminuir mobilidade de algumas partes do corpo humano.
Na Universidade de Glasgow, cientistas estão testando o uso de impressoras 3-D para criar drogas e outros produtos químicos sob demanda para tratamento de doenças como o câncer e o objetivo futuro também é a impressão de órgãos, até para os testes das drogas criadas in vitro.
Há alguma dúvida de que esta tecnologia vai mudar a maneira como tratamos doenças e damos perspectivas a um paciente?