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CAD traz vozes do mercado de transição e home care para escalar o setor na Hospitalar 2023

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Com cenário propício para crescimento, a recomendação do especialista é aumentar o número de leitos

Nesta sexta-feira, último dia da Hospitalar 2023, o Congresso de Atenção Domiciliar e Cuidados de Transição - CAD - focou em como o mercado de transição de cuidados pode trazer mais retorno financeiro para as instituições e se destacar no setor. Os convidados para o debate foram Cristina Quadrat, CEO da Pronep Lifecare; Samir Salman, CEO do Hospital Premier; Rodrigo Lopes, CEO Humana Magna; e Augusto Gitirana, sócio da Slaf Investimentos.

A transformação da saúde precisa ser um ciclo completo, que envolve a transformação dos bens e serviços em um negócio rentável. O crescimento de soluções assistenciais, qualidade e processos, por exemplo, abre espaço para o retorno financeiro. Mas como escalar o Home Care como um produto rentável? 

A CEO da Pronep Lifecare vê o modelo de negócio com amplas possibilidades de crescimento. “Os pequenos negócios precisam ganhar escalabilidade para perdurar no setor. E a continuidade do tratamento após saída do hospital, seja internação ou doente crônico, é saúde ‘bem feita’ e traz lucro. Já a saúde ‘mal feita’ apenas gera gastos”, explica Quadrat. 

Para Salman, alguns valores éticos precisam ser colocados em pauta para existir a valorização da área da transição de cuidados. “O ecossistema de saúde precisa de equilíbrio, hospitais de transição não são casas de repouso. Ter o paciente com um cuidado excelente também depende de termos profissionais que se sentem valorizados e amparados. Cortar custos não pode ser a única forma de gerar lucro”, afirmou o CEO do Hospital Premier. 

O especialista de investimentos, Augusto Gitirana, trouxe um olhar de diferenciação comercial dos dois modelos (home care e hospital de transição) para o atual momento: “o home care está em fase de consolidação, o mercado ainda é super fragmentado. Enquanto o cuidado de transição está desabrochando agora, nos últimos cinco anos o campo de investimentos desta área foi greenfield. É preciso educar a população e os profissionais sobre todas as diferenças desses tipos de business”, explicou Gitirana. 

Na mesma linha de reflexão, o valuation das duas formas de trabalho foi um tópico discutido com profundidade. “Reabilitar o paciente em casa no cuidado contínuo é um fator gerador de valor, já que evita o desgaste da família e do paciente com transportes difíceis, às vezes em um pós-operatório, às vezes num quadro crônico“, exemplificou Quadrat.

Juntar os players, nesse caso, inclusive, é um agente de facilitador para o núcleo familiar que passa por essa fase, ou seja, agrega valorização. “Utilizar o hospital de transição como centro geriátrico e home care pode ser o meio de criar um vínculo instituição-cliente já que integra as necessidades totais do público-alvo", incluiu Salman.  

Gitirana acrescentou que a inflação valuation do mercado estava variando em 25% a 30% do EBITDA (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization na sigla em inglês) nas últimas décadas, e levou a preços exorbitantes. Depois da reprecificação o movimento contrário aconteceu, desvalorizando o mercado. “Atualmente o cenário foi equalizado para geração de lucro. O número de leitos é o melhor diferencial para o nicho de saúde de transição”, aconselhou o sócio da Slaf Investimentos. 

 

Gostou desse conteúdo? A Hospitalar termina hoje, mas a edição de 2024 já está sendo preparada com muito mais conteúdo relevante para o setor. Salve na agenda: de 21 a 24 de maio de 2024. Nos vemos lá!