Se você já leu minhas matérias sobre tecnologia e saúde, e de outros colunistas, sabe que gostamos de trazer os super computadores para a discussão. O motivo é justamente a capacidade de analisar dados de maneira surpreendente, e isso faz a saúde se aproximar de um cenário preditivo, focado na prevenção e com diagnósticos precoces de doenças.
Essa semana a IBM anunciou uma parceria com o Twitter – em escala global - para analisar os dados gerados pela rede social. O objetivo é moldar as decisões estratégicas das empresas a partir do comportamento digital dos consumidores, que compartilham opiniões e sugestões online e de maneira espontânea.
Não é de hoje que Ginni Rometty – CEO da IBM – busca parcerias com grandes empresas, basta lembrar da parceria IBM e Apple. Muito disso se deve a uma mudança na estratégia da empresa, que quer deixar de ser vista como uma fornecedora de hardware, para a ser reconhecida por big data e análises de dados.
Mas como essas parcerias podem impactar no setor de tecnologia e saúde?
Bem, você conhece o Google Flu Trends? Ou o SickWeather?
Esses são dois grandes exemplos de como essa união entre análises de big data, redes sociais, tecnologia e saúde, pode prever doenças e epidemias, além de impactar nas decisões estratégicas do governo e empresas. Se ainda está cético quanto ao uso de redes sociais na prevenção de epidemias, assista a esse vídeo abaixo:
[youtube]http://youtu.be/CtyYI7ou2B0[/youtube]
O que você assistiu é a mais pura interação entre tecnologia e saúde. O Watson é um computador criado pela IBM, com altíssima capacidade de processamento de dados, e que muito provavelmente está envolvido nas parcerias de dados e análises da IBM.
Agora, imagine um computador como esse analisando dados de uma rede social como o Twitter. Se você já leu a matéria do Istvan sobre a prevenção de epidemias pela análise das redes sociais, deve entender que esse “futuro” está muito próximo, que essa parceria é apenas mais um passo em direção a isso, mesmo que a saúde não seja muito (ou quase nada) citada nas matérias que vem a público.
Ainda com dúvidas de como essa parceria aproxima tecnologia e saúde?
Encontrei um artigo muito legal do MedScape que pode ajuda-lo a entender ainda mais, dê uma lida. E se você acha que esse cenário ainda é longínquo para o Brasil, saiba que esse ano executivos do Watsonestiveram no palco do Hospital Albert Einstein, e que durante a Health 2.0 San Francisco e o Brazilian HealthcareTrek, conversamos com John Wolpert - executivo do Watson - que nos falou: “Se você tem um grande volume de dados e conteúdo, vamos conversar. Temos muito interesse em colocar o Watson para analisa-los”.