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O que precisa acontecer para que a RDC da rastreabilidade vire prática?

Não é a primeira vez que retomo o assunto sobre a RDC 54, da ANVISA (11/12/2013), que prevê a implantação do sistema nacional de controle de medicamentos e os mecanismos e procedimentos para rastreamento de medicamentos na cadeia dos produtos farmacêuticos. Recentemente, o jornal Bom dia Brasil, da TV Globo, veiculou uma matéria sobre bandidos que invadiram um hospital em São Paulo para roubar remédios de alto custo. Apesar de não gostar de ser repetitivo, penso que se os problemas persistem, vale o reforço da mensagem para que possamos mudar a saúde para melhor.

A matéria não traz só à tona a importância de rastrearmos os medicamentos, mas de todo um processo logístico dentro dos hospitais e unidades de saúde, que podem efetivamente garantir que casos como o apresentado não aconteçam mais.

Sobre o projeto para a implementação da rastreabilidade, a meta da ANVISA era que as empresas apresentassem um piloto do sistema até dezembro do ano passado, e que o sistema todo começasse a operar até o final deste ano. Mas como noticiado no último dia 27 de setembro, a diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu suspender o prazo definido para a implementação do sistema nacional de rastreabilidade de medicamentos e indicou que a prorrogação é uma demanda do setor farmacêutico e que precisa ser discutida no âmbito do legislativo, pois será necessário alterar a lei federal vigente.

É preciso pensar fora da caixinha e além das burocracias e custos para a devida implementação deste projeto tão importante para todos nós, o quanto antes. É necessário pensar na finalidade dos medicamentos, que é garantir melhor qualidade de vida e saúde para os consumidores/pacientes e, com base em tudo que já foi apresentado, estudado, posto em prática e muito mais, é preciso realmente trabalhar para que casos como esse não voltem a se repetir. Este é um ideal pelo qual tenho atuado ao longo de tantos anos.