Uma das maiores dificuldades dentro dos serviços de saúde pode ser solucionada por mHealth e é compreendida pela comunicação entre os profissionais do local de cuidado e entre médicos e pacientes, com foco em melhores resultados clínicos e na melhora de relação médico-paciente.
Algumas empresas de mHealth estão apostando em soluções que aproximem os profissionais com aplicativos de envio de mensagens de texto, imagens e vídeos com garantia de HIPAA compliance. Um exemplo de empresa que faz este trabalho é a TigerText, uma ferramenta de comunicação que transforma comunicação mobile em uma atividade conveniente e imediata.
Depois de uma fase piloto no começo do ano, o Boston Children's Hospital passou a usar a solução de mHealth em maio. O esperado era a alta adoção entre médicos e enfermeiros, mas foi bastante interessante para o hospital o uso e aprovação dele por profissionais nas áreas de serviços de alimentação, limpeza, envios e organização. Essa solução especificamente ainda não está sendo usada com pacientes, mas parece uma evolução natural, não para degradar como temíamos antes, mas pra facilitar a relação médico-paciente permitindo que ela seja mais constante, não interrompendo o ciclo de cuidado e a adesão ao tratamento.
A TigerText levantou $21 milhões para expandir sua rede de hospitais e sistemas de saúde. A empresa de investimentos ShastaVentures comandou o Series B da startup em conjunto com a OrbiMed. Este é o terceiro investimento da Orbimed na área de TI em saúde, depois de um prontuário eletrônico, o PracticeFusion, e uma plataforma de opinião de pacientes, o Treato.
Já para melhorar a relação médico-paciente, uma solução de mHealth é o uMotif, empresa que desenhou um projeto para acompanhamento de pacientes em condições de longo termo e cuidado pós-operatório. É possível, no app de mHealth, colocar entradas diárias, explicitar o humor do paciente e capturar dados médicos, como níveis de glicose e peso. No final, tudo isso é passado ao médico responsável. Esta estratégia também está associada a aumento de adesão ao tratamento, permitindo que mais de 70% dos pacientes envolvidos em um dos estudos feitos tivessem aumento desta taxa de adesão.
No Brasil, o Medicinia, criado pelo empreendedor Daniel Branco, e investido pela tradicional Monashees Capital, também está investindo em soluções semelhantes. Na prática, todos eles estão seguindo a crença básica, e real, de que a maioria dos problemas no relacionamento entre quaisquer entes está nos problemas de comunicação (e na relação médico-paciente não poderia ser diferente), e facilitar e estruturar a comunicação entre médicos, gestores, pacientes etc, traz eficiência para o sistema, diminui o número de erros, assim diminuindo os custos e o re-trabalho, e traz muitos benefícios para os pacientes.
Recentemente também conhecemos a Tiatros, desenvolvida pela Kimberlie Cerrone, e investido pela Life Science Angels, que visitaremos na Janssen Labs, no Brazilian Healthcare Trek. Eles têm desenvolvido uma solução de comunicação segura para incrementar a relação médico-paciente, com mais de 30.000 pacientes utilizando, nos padrões HL7, com possibilidade de upload de imagens médicas e outras funções. Faremos um call no Hangout Air no dia 07/07 às 18h, se você quer participar.
A relação médico-paciente pode ser muito melhorada por essas tecnologias mHealth que estão cada vez mais comuns e disponíveis nos diferentes cenários e especialidades clínicas. O médico e o paciente precisam “discutir a relação” o mais rápido possível e incorporar novos modelos de assistência que comprovadamente já trazem benefícios à todos.
Adicionamos um comentário de um novo colunista do site, Christopher Mathews, administrador americano, com experiência em gestão de hospitais na US Airforce e residente em Recife há pouco tempo. O Christopher escreverá artigos para o EmpreenderSaúde e comentou este texto:
Patient Accountability—An essential component for wellness
In today’s health care discussion, we hear much about provider, hospital, and insurance company accountability as being essential for the proper care and management of patients; however we infrequently discuss the importance of patient accountability. Did the patient follow the physician’s treatment plan as prescribed? Did the patient attend all of their post-
operative/post care follow up appointments and or communicate all of their needs/issues? Most patients want to get better, however even the best intentions of a patient can be sidetracked with unhealthy behaviors, and patterns that have the potential to delay and perhaps even negatively affect one’s recovery. As discussed, communication between a physician/medical team (provider/nurse/assistant) and patients can aid in the patient accountability process.
How so? If patients are to aid themselves in their own care outside of the doctor’s office (which is imperative) then a communicative tool can and should have a built in accountability feature that has the potential to reward a patient’s compliance, effort and behavior to follow their treatment, diet, therapy plan etc.. Based on the Umotif long term study, we can see that when patients are personally and directly involved i.e. accountable, via a communicative tool with their treatment plan/medical team, adherence percentages increased. When focused, accountable adherence to treatment is followed it is only natural that positive outcomes will increase, which is the goal of any patient/provider relationship.
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