Há anos estamos sendo constantemente recomendados por advogados da saúde a nos movimentar mais, fazer mais exercícios e atividades físicas. A questão é saber quanto mais devemos fazer?
Para auxiliar nessa resposta, inúmeros gadgets e wearable devices foram inventados com a promessa de acabar com nossas curiosidades e trazer alívio para aqueles que procuram mostrar a todos que suas vidas são saudáveis. Esses monitores digitais são fabricados em todos os formatos e modelos: colares, relógios, pulseiras, cintos e até joias. A maioria é projetada para ser utilizada literalmente em todos os momentos para que as atividades do usuário sejam acompanhadas de perto e possam gerar algum gráfico bacana no final do período.
FitBit
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Os produtos similares a esse do vídeo despertaram a curiosidade de um jornalista americano do The New York Times e ele descreve a sua experiência com esses wearable devices. Ele conta que usou durante seis meses 11 modelos diferentes e às vezes até 4 ao mesmo tempo. “Eu aprendi bastante sobre esses gadgets e sobre mim mesmo” (Albert Sun).
Basicamente os acessórios te acompanham durante o dia registrando seus momentos de atividade e de repouso, até mesmo as horas que gasta em frente à televisão e no computador durante o trabalho. Os devices são, em sua maioria, auxiliados por um aplicativo de smartphone ou um website que coletam e registram esses dados transformando-os em gráficos inteligentes e, que certas vezes, conseguem até determinar metas e objetivos de acordo com a sua evolução.
A novidade é que você pode enxergar toda a atividade física do seu dia em uma tela só, comparando seus melhores e piores momentos: dias na semana, fins de semana, compartilhando com seus amigos e recebendo mensagens de incentivo, o pacote completo.
E esses wearable devices podem realmente mudar o comportamento das pessoas?
Segundo pesquisa da reportagem do NT “O Dr. Rajani Larocca, um médico no Massachusetts General Hospital, conduziu um programa de seis semanas para 10 pacientes com diabetes, entre 50 e 70 anos de idade, que incluiu sessões semanais para incentivar o exercício e alimentação saudável; cada participante também foi equipado com um tracker Zip Fitbit.
"Todas as pessoas aumentaram suas atividades", disse Larocca. "As pessoas se sentiram mais bem informadas." Oito meses depois, cerca de metade dos pacientes do grupo continuavam a usar um rastreador.
Depois de 6 meses usando mais apetrechos que qualquer outra pessoa do mundo o jornalista indica que esses wearable devices não precisam ser utilizados durante a vida inteira. Ser monitorado pode funcionar durante um tempo e para certos tipos de pessoas. No caso de Albert, que diz ao final do processo: “Eu me tornei muito consciente de quão ativo eu sou e o quão ativo eu preciso ser para me sentir saudável e energizado. Eu não preciso mais de um monitor. Eu estou me seguindo.”
Se você for uma pessoa que precisa de monitoramento e incentivo, faça o teste, mas se você é organizado o suficiente, pense se o seu dinheiro não seria mais bem investido entrando para um grupo de corrida ou fazendo exercícios com amigos. Afinal a pulseira não irá fazer o exercício no seu lugar.
A reportagem completa está disponível no blog Well do The New York Times.